sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - final -


                                                                Colin Renfrew

O arqueólogo Colin Renfrew, da Universidade de Southampton, na Inglaterradeclarou que alguns dos grandes megálitos - monumentos pré-históricos - encontrados no noroeste da França e na Espanha, são bem mais antigos do que as pirâmides do EgitoUtilizando o novo sistema de datas, ventilou-se também a hipótese de que processos importantes e progressivos na construção e na engenharia, bem como o uso de metais, terem sido originários da Europa e não do Oriente, como até então se supunha. Sugere-se que os povos primitivos da 
Europa não eram menos criativos do que as civilizações avançadas de outros continentes o que, segundo Renfrew, implica em reescrever, numa perspectiva diferente, todos os textos relativos à pré-história. Os pinheiros citados revelaram-se ainda úteis em outros campos, pois contribuem também para o estudo de aspectos ainda mais complexos e fundamentais da ciência e do conhecimento humano.
Um geofísico checoslovaco utilizou amostras da madeira destes pinheiros para estudar suspeitas variações no magnetismo terrestre. Na Universidade da Califórnia, um cientista tem utilizado a árvore para auxiliar na verificação dos efeitos ocasionados pelos experimentos com bombas nucleares.
Os pinheiros são utilizados também na determinação dos índices de poluição atmosférica causada pelas indústrias e pelo tráfego de veículos na costa pacífica americana. Assim, uma árvore cujo tempo de vida excede o período do desenvolvimento da civilização moderna, permite ao homem um conhecimento mais profundo e preciso do seu passado, do seu presente e, indiretamente, do seu futuro.
Ao final, volto a lembrar aos mais resistentes, recalcitrantes, rudes  e que têm dificuldade de entender as coisas mais simples, que o nome certo e cientificamente provado por sua origem, é CASTANHA DO PARÁ!!!



Um ótimo final de semana a todos.
Grande abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - II -



...Estes pinheiros 
são verdadeiros 
computadores 
orgânicos que registram automaticamente 
todas as alterações 
nas condições 
de vida no planeta. 
Paradoxalmente, 
os mais antigos 
pinheiros da espécie 
Pinus Aristata
vivem nas condições 
mais improváveis: 
2.850 m acima do 
nível do mar, terra 
rochosa e escarpada 
com escassa camada 
de terra e índice 
pluviométrico
baixíssimo. 
Curiosamente, em 
condições climáticas 
e geológicas mais amenas, os pinheiros desta espécie crescem mais 
rapidamente, morrem mais cedo e apodrecem com maior brevidade.
Estes antigos pinheiros contribuíram muito para determinar algumas mudanças importantes nos conceitos até então tidos como corretos da nossa pré-história.
Leituras feitas pelo método de datação pelo carbono radioativo dos anéis anuais dessas árvores, revelaram erros nos sistemas utilizados para datar descobertas arqueológicas.




Resumidamente, o sistema de datação pelo carbono radioativo, consiste na medição das quantidade de carbono 14 que permanece em um fóssil e, através do cálculo da quantidade da perda de carbono, é determinada a idade deste mesmo fóssil. Este sistema, porém, baseava-se na suposição de que o carbono na atmosfera, causado pelo bombardeamento radioativo, permaneceria constante.
O exame dos pinheiros revelou flutuações importantes na quantidade de carbono atmosférico, criando assim discrepâncias neste sistema. Criou-se então um novo sistema de cálculo das datas, baseado na quantidade de carbono 14 daqueles pinheiros, o que determinou o fim das discrepâncias que variavam até a absurda diferença de 1.000 anos! Através deste método foram revistas e corrigidas uma série de datas históricas.
Com isto, muitas teorias deixaram de ter importância pois, apesar de 
sustentadas milenarmente pela tradição da cultura humana, mostraram-se totalmente falsas...



Continua na próxima postagem......

Um final de semana excelente a todos os amigos e visitantes.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - I -



                                                                 Pinus Aristata

Ainda há poucas semanas, em artigo publicado neste espaço, manifestei minha indignação com a Rede Globo a propósito de reportagens burras que insistiam em declarar que o termo consagrado mundialmente desde tempos imemoriais, Castanha do Pará ", não deveria existir por tal espécie vegetal ser encontrada em regiões da Amazônia ocidental. Está provado por estudos científicos 
publicados nos anais da National Geographic, que todas as castanheiras encontradas fora do nordeste do Pará, de onde são originárias, são verdadeiros clones das árvores originais e foram levadas para outras partes da Amazônia por habitantes que se deslocavam regularmente pela região, há milênios. As provas científicas baseadas em estudos de vegetais são responsáveis por 
grande parte da elucidação e explicação de fatos históricos. Um exemplo é uma árvore chamada " Matusalém ". Trata-se de um pinheiro de copa rasa Pinus Aristata ) que cresceu a 2.700 m de altitude nas montanhas Brancasno estado da Califórnia.  Ele é resultante de uma semente ali lançada mais de 1.600 anos antes da construção das pirâmides do Egito! Está ainda bem viva e poderá continuar assim por mais 800 anos. Em 1964 foi derrubado para estudos científicos, um outro pinheiro que, estudado, demonstrou ter 4.900 camadas anuais no lenho. Foi determinado pelos cientistas que uma árvore dessas pode viver por mais de 5.500 anos.
No laboratório de dendrocronologia 
da Universidade do Arizona
cientistas organizaram um calendário 
baseado nos anéis do Pinus Aristata 
e dos restos antigos  desta espécie
 arbórea, identificando assim 
especificamente cada ano anterior a 
6.300 a.C. Examinaram, também, 
restos desses vegetais encontrados 
no monte Washington, na parte 
oriental do estado de Nevada. Tais 
exames, levados a efeito nas células 
danificadas, levaram a concluir quais 
as condições climatológicas em 
épocas passadas, tal como as caprichosas ondas de frio nos verões de 1453 e 1601

Procedeu-se, também, ao exame de grãos de pólen recolhidos nas sucessivas camadas de crescimento, o que permitiu comparar um quadro da vida da planta de 1.300 a.C. com o de 350 d.C.  


Continua na próxima postagem......  
A todos um excelente final de semana.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

- PETRÓLEO, A DESCOBERTA DA FORTUNA - final -


Edwin Drake

Inevitavelmente surgiram as fases seguintes na cadeia de produção. 
Experiências exitosas foram feitas por alguns fabricantes usando produtos originários de pântanos de infiltrações, com o objetivo de ultrapassarem uma das fases de produção de Young. Assim, foram criadas as condições para Edwin Drake iniciar as perfurações destinadas a produzir petróleo natural.
Drake foi um homem afortunado, pois o aparecimento do petróleo, onde quer que ele se encontre, depende apenas de uma série de acidentes geológicos arbitrários. Ele é resultante, segundo se crê, dos restos decompostos de incontáveis bilhões de plantas e pequenos animais aquáticos que ao longo das eras, foram esmagados pelo peso das rochas até se transformarem em petróleo. As grandes reservas de petróleo são encontradas apenas em latitudes tropicais. A deriva continental, é responsável pelos depósitos do Alaska, sob o Mar do Norte, e de outros locais afastados dos trópicos, levando-os até onde 
atualmente se encontram. O petróleo só se concentra no interior da terra quando sobre ele existe uma perfeita vedação de rocha que o impede de irromper até à superfície, permitindo assim, a formação dos reservatórios que os prospectores procuram. Porém, mesmo os instrumentos mais sofisticados hoje disponíveis, não garantem a existência de petróleo no local da sondagem. Houve uma época em que eram necessários vários dias para se conter o enorme jato de petróleo expelido do poço recém perfurado, pelo gás natural comprimido. Em 1901, por exemplo, um jato de petróleo no estado americano do Texas, fez desperdiçar incríveis 135 milhões de litros do 
produto, sendo verificado posteriormente que esta quantidade equivalia à metade da reserva ali descoberta. As modernas técnicas de exploração já eliminaram por completo este risco. Porém, por mais que se evite o menor desperdício de petróleo, temos consciência de que a quantidade dessa riqueza é limitada. Foram necessários milhões de anos para se criarem os depósitos de petróleo, porém, decorridos pouco mais de 150 anos da descoberta de Edwin Drake, estima-se que já foi gasto mais de um terço dos recursos petrolíferos conhecidos no mundo. Não é provável que a oferta satisfaça a procura por mais 150 anos, por maiores que sejam as reservas extraídas do fundo do mar.
Felizmente, o gênio criativo do homem já descobriu outras alternativas de energia, inclusive com imensas vantagens anti-poluentes, como a energia elétrica, a eólica ( gerada pelo vento ) e a fotovoltaica ( gerada pelos raios solares ), já amplamente utilizadas.



Bom final de semana a todos e obrigado pelas visitas.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

- PETRÓLEO - A DESCOBERTA DA FORTUNA - II -


Embora a exploração comercial do petróleo, um dos mais valiosos e cômodos recursos naturais do nosso mundo, seja um fenômeno moderno, seu uso é conhecido há milhares de anos. Argamassas para construção e para fixar joias feitas com este recurso natural, já eram usadas pelos Assírios, BabilôniosSumérios, no ano 3000 a.C. O betume formava-se quando o petróleo bruto se infiltrava e emergia à superfície ficando exposto ao sol.. Segundo a história, o povo judeu, em seu êxodo, " foi guiado por um pilar de fumo durante o dia e por 
um pilar de fogo durante a noite ".  Isto é uma descrição perfeita do que ocorre quando uma coluna de petróleo se incendeia.
Bem mais tarde os persas e árabes colhiam o próprio petróleo e o usavam não só para a iluminação como para limpar a seda. Por volta dos anos 300, o petróleo era usado pelos chineses que o descobriram acidentalmente quando escavavam minas de sal em campos petrolíferos. Tanto os chineses quanto os índios americanos usavam o petróleo como medicamento.
No ano de 1272 o viajante veneziano Marco Polo descreveu fontes de petróleo na península de Baku, no Mar Cáspio, onde há 2000 anos se realizava um culto ao fogo em volta dos " fogos eternos ", assim chamadas umas colunas de petróleo que ardiam dia e noite. Porém somente no século XIX se descobriu e compreendeu o verdadeiro potencial desta riqueza mineral.
Foi em 1850 que o químico industrial escocês James Young registrou a patente para o fabrico do petróleo bruto a partir da hulha betuminosa e xistos e refinou este petróleo em parafina. A técnica demonstrou ser tão eficaz e o produto resultante tão superior ao óleo de baleia, que rapidamente se construíram fábricas perto de minas de carvão na Inglaterra e em outros países pelo mundo em fora...




Continua na próxima postagem...

Desejo a todos um excelente final de semana.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

- PETRÓLEO, A DESCOBERTA DA FORTUNA - I -






Ele era um simples guarda de estrada de ferro nos Estados Unidos, quando, em 1859, resolveu se aposentar. Seu nome, Edwin Drake. Ao escavar a terra para guardar suas economias acumuladas ao longo de muitos anos de trabalho duro, descobriu o primeiro poço de petróleo de que se tem notícia. A massa negra e viscosa borbotou à superfície no local onde outrora existira uma aldeia de índios senecas, a 120 km de Pittsburgo na Pensilvânia. A repercussão da descoberta levou um banco a enviar um de seus funcionários, um certo John D. 
Rockefeller, para investigar e fazer um relatório detalhado das possibilidades econômico-financeiras da descoberta de Drake. Tal relatório indicava a total impossibilidade de tal descoberta proporcionar qualquer lucro palpável. O próprio Rockfeller, mais tarde, acabaria por contrariar seu próprio relatório ao tornar-se um dos homens mais ricos do mundo, com toda a sua imensa fortuna baseada 
no petróleo. Com ou sem a aprovação de Rockefeller, foi criada a Seneca Oil Company que começou a funcionar a todo vapor, assinalando o final da era em que o homem dependia das baleias como fonte de fornecimento de óleo.
No curto espaço de um ano, o local, antes totalmente solitário, transformara-se numa comunidade florescente, atualmente conhecida como Oil City - Cidade do Petróleo. Os prospectores abriram ao acaso milhares de poços, numa região cuja potencialidade de produção até hoje é ignorada, com o objetivo fixo de conseguir extrair da terra petróleo para iluminação e aquecimento.
A procura de petróleo no solo tinha como objetivo encontrar um substituto acessível, tanto na produção como no preço, para o óleo de baleia utilizado nas lanternas de iluminação pública.
O petróleo, que começou por ser menosprezado como um reles subproduto sem valor, revelou-se de extrema importância no final do século XIX quando do surgimento dos primeiros veículos automotores...



Continua na próxima postagem...

Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

- FANTÁSTICO ESPETÁCULO NO CÉU - final -



O trovão é o resultado da expansão e explosão do ar, que é aquecido pela faísca, alcançando a impressionante temperatura de 16.666 graus centigradosou 3 vezes superior à da superfície do sol! O som da explosão desloca-se mais lentamente do que o clarão do relâmpago, pelo que, medindo-se o intervalo entre o relâmpago e o trovão, é possível medir a distância em que se verificou o relâmpago. Pode-se ter como parâmetro que, a cada 3 segundos corresponde a distância de 1 quilômetroEstá medido e, por isso mesmo estabelecido que, 
a cada instante, se verificam 1.800 trovoadas em todo o mundo e durante um ano, 16 milhões delas desabam sobre o planeta. Algumas tragédias já foram causadas por trovoadas. A mais grave delas ocorreu na Itália - na cidade de Bréscia - no ano de 1769. Uma faísca atingiu um paiol do Estado, fazendo explodir nada menos que 100 toneladas de pólvora, matando mais de 3.000 pessoas. O maior prejuízo material causado por um relâmpago  foi o que se verificou em San Luis Obispo, no estado da Califórnia, no dia 7 de abril de 
1926. O incêndio durou cinco dias, atingiu uma área de 3.640 km2, queimou mais de milhões de barris de petróleo e matou apenas duas pessoas. Apesar de todo o seu poder destrutivo, porém, o raio causa apenas poucas mortes diretas em todo o mundo. O relâmpago provoca também efeito benéfico. Ele permite a combinação de azoto e do oxigênio do ar e sua dissolução nas gotas de chuva. 
Quando cai na terra e penetra no solo, a chuva, poderoso fertilizante, fornece às plantas os nitratos vitais que transporta. O relâmpago pode ter sido uma das causas da existência de vida em nosso planeta. Numa fascinante experiência realizada na Universidade de Chicago, preparou-se uma mistura de gases - hidrogênio, metano, amoníaco e vapor d'água -, segundo se acredita, semelhante à primeira atmosfera existente na terra. Submeteu-se, então, a mistura à ação de um relâmpago artificial, constituído por uma descarga elétrica, disso resultando a formação de produtos químicos complexos, 
conhecidos como aminoácidos, tidos como os alicerces básicos de todas as formas de vidas existentes sobre a Terra.



Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,

Clóvis de guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

- FANTÁSTICO ESPETÁCULO NO CÉU - I -




Desde tempos imemoriais o homem especula sobre o grande poder 
potencialmente destruidor do relâmpago, um dos mais deslumbrantes e pavorosos espetáculos da natureza. Trata-se, em termos científicos, de uma descarga visível de eletricidade atmosférica. A faísca gigantesca, produzida em uma nuvem de tempestade, surge como um relâmpago difuso que, quando se desloca dessa nuvem para a terra, passa a denominar-se " relâmpago bifurcado ". 
A teoria mais aceita em nossos dias para explicar a mecânica da geração deste fenômeno natural, afirma que seu surgimento decorre da colisão entre as gotas de água numa nuvem de tempestade.  A explicação é a seguinte: quando as gotas de água que caem colidem com gotas de menores dimensões, uma parte da energia existente em cada uma delas é transformada em uma carga de eletricidade positiva, na gota de maiores dimensões que se forma, em torno da qual o ar adquire uma carga oposta, isto é, negativa. À medida que cai, cada 
gota aumenta de tamanho, pois a umidade do ar condensa-se sobre ela, até atingir cerca de 5 mm, quando divide-se em duas, cada uma das quais transportando uma carga de eletricidade positiva. Quando as gotas caem diretamente na terra, a carga não produz qualquer efeito; porém, dentro de uma nuvem de tempestade, existem poderosas correntes de ar que impelem as gotas no sentido ascendente, recomeçando todo o  processo, incessantemente.  À medida que a carga acumulada em cada gota aumenta, a nuvem de tempestade 
se transforma em um verdadeiro acumulador gigantesco, armazenando eletricidade em quantidades progressivamente maiores. 


Decorridos por volta 
de 15 minutos, a carga 
elétrica acumulada nas 
gotas de chuva torna-se 
tão elevada que vence 
os efeitos isoladores 
do ar, ocorrendo, então, 
clarão espetacular 
do relâmpago...







Continua na próxima sexta...Um excelente final de semana. 


Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

ATLÂNTIDA - a lenda - final

                             

A cratera de 1.500 m de altura, emergiu com uma violência tal que a parte central da ilha desapareceu numa cova de cerca de 400 m abaixo do nível do mar. A terra em torno, atualmente conhecida como Ilha de Santorini, ficou coberta com uma camada de cinzas vulcânicas de nada menos que 30 m de espessura, sob as 
quais foram descobertas as ruínas do Império Minóico. Este cataclismo relaciona-se provavelmente, com o desaparecimento da Atlântida narrado por Platão, porém, como sucede não raras vezes com narrações transcrições ou reedições históricas, Platão interpretou incorretamente os escritos de Sólon
Se, em vez de " 9.000 anos antes do nascimento de Sólon " tivesse escrito " 900 anos "... , os acontecimentos coincidiriam, mais ou menos, com a erupção de Thera. É provável, ainda, que o número que indicava a área da Atlântida, Platão tenha traduzido erroneamente, indicando  " 2 milhões de km2 " em lugar de 
200.000 km 2 ". Uma ilha com tais dimensões poderia perfeitamente localizar-se no mar Egeu.  Duas  outras hipóteses sugerem que Platão cometeu alguns erros 
em sua transcrição: - O vocábulo grego que significa " maior do que " é muito semelhante à palavra que traduz " a meio caminho ". Ficaria a Atlântida a " meio caminho " entre a Líbia e a Ásia, não sendo
 " maior do que " ambas? E seriam as Colunas de Hércules realmente o atual Estreito de Gibraltar?
Dois promontórios existentes na costa da Grécia, próximo de Creta, são denominados também Colunas de Hércules.
As provas hoje disponíveis parecem ter desvendado o mistério da AtlântidaOs arqueólogos descobriram sob as cinzas de Santorini uma cidade inteira, cujas semelhanças com a fabulosa Atlântida não permitem que ainda subsistam muitas dúvidas sobre o caráter lendário do  paraíso descrito e decantado por Platão.



A todos um excelente final de semana
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

- ATLÂNTIDA - a lenda - I



Tudo começou com relatos do filósofo grego Platão. A credibilidade que possuía como grande erudito, acabou por tornar aceita, sem restrições, sua narrativa sobre a existência de uma ilha linda, próspera e poderosa, dominadora de um império que se estendia até a África e a Europa. Seus habitantes, cultos e afeitos às guerras, por praticarem atos atentatórios à moral e aos ensinamentos correntes, tiveram como castigo a submersão de suas terras, tragadas que foram pelas 
águas do mar. Embora desafiando a lógica da história e da geologia, permaneceu esta história como verdade durante muitos séculos, fornecendo argumentos e materiais para românticos e poetas. Platão deu a esse Paraíso Perdido, segundo ele, localizado além das Colunas de Hércules ( atualmente Estreito de Gibraltar ), 
o nome de AtlântidaA ideia original porém, não foi de Platão. Ele apenas se limitou a repetir os relatos de Sólon, que, por sua vez, os ouvira de sacerdotes egípcios, segundo os quais o desastre acontecera 9.000 anos antes do nascimento de Sólon. As evidências geológicas, no entanto, demonstram que o oceano Atlântico existe, tal qual o conhecemos hoje, há alguns milhões de anos, não contendo vestígio algum que indique a existência  de uma ilha outrora habitada e 
afundada sob suas águas. Recentemente constatou-se que a civilização descrita por Platão é muito semelhante ao Império Minóico que existia na ilha de CretaEra uma sociedade altamente desenvolvida com leis escritas, conhecimentos sobre metalurgia e técnicas de engenharia que incluíam a abertura de canais, túneis, obras portuárias e até instalações sanitárias equivalentes às usadas em nossos dias. No final do século XV a.C. esta civilização desapareceu tão abruptamente quanto a Atlântida proclamada por Platão. Durante séculos, o seu desaparecimento intrigou os historiadores que não entendiam como uma civilização tão avançada podia ter desaparecido de repente. Descobertas recentes, porém, sugerem que o Império Minóico foi totalmente aniquilado por uma gigantesca explosão vulcânica.
Sabe-se que a ilha de Thera, no Mar Egeu, explodiu cerca de 1470 a.C.



Continua na próxima postagem...

Um ótimo final de semana a todos,
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

- NÃO SENTIR DOR. ISTO É BOM?



Nascida na Inglaterra, Elizabeth Andrews amanheceu certo dia com a perna inchada. Como não se queixara de nada que justificasse tal inchaço, o médico da família considerou tratar-se de reumatismo infantil. Mas a tumefação manteve-se e até agravou-se. Meses se  passaram sem que nada mudasse e os médicos resolveram radiografar a perna doente. Espantados constataram que a menina houvera quebrado vários  ossos do tornozelo. Durante todo esse tempo a jovem não sentira qualquer dor. Elizabeth é uma das 12 pessoas no mundo que, nos últimos cem anos, nunca experimentaram a sensação de dor. 
Em situações que em outras pessoas provocariam gritos alucinantes, ela se mantinha inalterável como se nada tivesse acontecido.
Um outro indivíduo, contado entre os 12 insensíveis à dor, catalogados nos últimos cem anos, também vivia na Inglaterra e tinha o apelido curioso de Alfineteira Humana ". Com 50 anos de idade confessou, um belo dia, que só sentira alguma dorzinha em 3 momentos ao longo de toda a sua vida: a primeira aos 7 anos, quando foi atingido por um machado na cabeça; a segunda aos 14 anos quando sentiu uma picada durante os procedimentos médicos para retirar um chumbo da perna esquerda que houvera sido baleada acidentalmente durante uma caçada e a terceira, aos 16, sentiu leves dores quando o médico lhe 
colocou no lugar, sem anestesia, uma perna quebrada.

Muitas pessoas poderiam desejar ser um desses " privilegiados " , insensíveis; estariam propensos, porém, a talvez morrer, por exemplo, com um apêndice supurado, tendo como desfecho, uma peritonite. A dor, portanto, 
é um aviso às pessoas comuns, aprioristicamente, de que alguma coisa está errada no seu próprio corpo.
 Sem a dor, por exemplo, nunca detectaríamos um iminente ataque cardíaco, a tempo de procurar socorro imediato. 
A dor é um eficiente sistema de alarme 
natural que atua quando o organismo corre perigo. A maior parte dos seres humanos experimenta duas espécies de dor. O indivíduo que coloque a mão numa chaleira fervente, por exemplo, sentirá, 
imediatamente, uma dor curta e aguda, que o levará a soltar 
incontinente o utensílio. 
Segue-se, então, o segundo tipo de dor, esta contínua, que permanecerá até que o ferimento seja adequadamente tratado e comece a sarar. Ambos os tipos de dor são conduzidos ao cérebro pela medula espinal mas cada um tem o seu próprio sistema nervoso independente. O primeiro é transmitido rapidamente ao cérebro por intermédio de uma rede de pequenos nervos revestidos por um tecido chamado " Fibras Delta-A ", que comunicam ao cérebro a ocorrência, a fim de 
permitirem a rápida reação do organismo. O latejar da queimadura chega ao cérebro mais lentamente, através de nervos não protegidos, chamados Fibras C ". Esta faz o cérebro tomar conhecimento de que a mão foi queimada  e que a dor continuará até que o ferimento seja tratado e sare. Há, porém, um mistério no cérebro. Algumas pessoas tem um elevado limiar à sensação da dor, suportando-a melhor que outras. E, por fim, como explicar a ausência total de dor 
quando sob trauma, como aconteceu comigo, após ser massacrado em um acidente de carro sofrido e narrado em publicações anteriores?...



Um ótimo final de semana a todos.
Grande abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

SERIA O AUTOR O ASSASSINO? - final -



A novela termina com o famoso detetive Dupin, de inteligência brilhante, referindo-se a um " assassino solitário ", parecendo, a certa altura, que irá declinar seu nome, quando a narrativa termina, inesperadamente, de maneira a se pensar que o editor estabeleceu censura ao verdadeiro  final da intriga, por motivos desconhecidos. À luz dos conhecimentos atuais sobre o assunto, é muito estranho que Allan Poe não tivesse figurado entre os suspeitos. Todas as pessoas que leram o conto são unânimes na afirmação de que o autor conhecia intimamente a vítima, no tempo em que ela vendia charutos na tabacaria de Anderson. Poe, que habitualmente se vestia
de negro e usava sobre os ombros uma capa do Exército, do tempo em que frequentou Academia Militar de West Point, era um poeta de caráter cruel e tortuoso. Foi julgado pelo Conselho de Guerra e expulso de West Point por seu comportamento turbulento e por ser um ébrio contumaz.
Numerosos biógrafos descreveram suas muitas aventuras e intrigas, suas aberrações sexuais e seu comportamento revestido de caráter erótico. As personagens de seus livros são, em geral, egocêntricas e perturbadas, consideram-se indivíduos superiores e arrogam-se o direito de se entregarem a suas paixões e perversões, sejam elas incesto, sadismo ou assassinato.
A morte, por assassinato de mulheres atraentes, exercia um estranho fascínio sobre o escritor. Seus amigos ouviam dele, segundo seus relatos, que essas mortes provocavam nele um " êxtase poético ". Pensa-se que no dia 3 de outubro de 1838, o escritor entrou na tabacaria mantendo uma longa conversa com a jovem Mary. A data corresponde aproximadamente à do primeiro desaparecimento da moça. Teriam Poe e Mary vivido juntos durante os dias
em que ela desapareceu? Além disso, 3 dias antes do corpo ser encontrado e retirado do Hudson, a jovem foi vista passeando com um " homem alto, moreno, de mais ou menos 26 anos ", em um bosque nas proximidades do rio. Tal descrição bate com o físico do escritor. Seria de fato ele? Viciado em bebida e outras drogas, o escritor morreu aos 40 anos, em 1849, dizendo a frase :
"Deus ajude a minha pobre alma!". Assim, Allan Poe morreu sem ter sido uma única vez interrogado sobre um assassinato que tão apaixonadamente e com extenso conhecimento, descreveu em sua obra. Por estranho que possa  parecer, o processo policial permanece arquivado e malograram-se as tentativas de reabri-lo, malgrado detetives sérios e renomados, terem tentado fazê-lo.
Será possível que as autoridades de então soubessem da verdade mas
resolveram escondê-la para evitar a repercussão negativa que certamente causaria no mundo literário ou simplesmente não lhes interessou que fosse revelado que haviam participado de tão infame e cruel evento???...

Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe
  

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

- SERIA O AUTOR O ASSASSINO ???... I -


Imagem Internet

Em julho de 1841, o corpo de uma atraente e jovem morena, foi encontrado. Chamava-se Mary Rogers e contava na ocasião apenas 21 anos de idadeTinha as mãos atadas atrás das costas e fora violada e estrangulada com um pedaço de renda, provavelmente retirado pelo assassino de seu próprio vestido. Embora tal crime permaneça até hoje um completo mistério, investigadores modernos concluíram que tal homicídio poderia ter sido perpetrado pelo famoso autor americano Edgar Allan Poe. Ele não só ficara impune como teve a audácia de narrar tal assassínio em sua obra, com todos os detalhes! Assediada
por atores famosos que atuavam na Broadway, a vítima, que trabalhava em uma tabacaria de propriedade de um certo  John Anderson, localizada no mesmo bairro novaiorquino, já havia desaparecido em outra ocasião, em outubro de 1838. Tal desaparecimento repercutiu intensamente, inclusive nas primeiras
páginas dos jornais. Semanas depois ela reapareceu alegando que resolvera descansar na casa de alguns amigos no Brooklyn.
 Seu assassinato produziu sensação naquele longo e quente verão de 1841. O primeiro suspeito foi seu patrão, Anderson, que costumava acompanhá-la até sua casa, com regularidade, até o dia em que ela resolveu deixar o emprego em sua tabacaria. Inúmeros admiradores da jovem, inclusive dois homens que moravam na pensão de
propriedade da mãe da vítima, localizada em Hoboken - Nova Jersey, chamados 
Alfred Crommelin e David Payne, foram investigados à exaustão. As polícias de Nova York e Nova Jersey, trabalharam árdua e longamente sem conseguir,
entretanto, nada de positivo, vendo-se, ao final das investigações, obrigadas a arquivar o processo. Dezoito meses após o final das diligências sobre o assassinato de Mary, o caso voltou, com toda a força, a ser discutido, pelo fato de ter sido literariamente imortalizado numa famosa história policial, sob a 
forma de folhetim, publicado na revista Snowden`s Ladies Companion.


Título do conto :
O Mistério de Marie Roget 

Autor: Edgar Allan Poe.

O novelista retratava, fielmente,
todos os fatos relativos à morte
de Mary, embora transferindo a
ação para a cidade de Paris
e mudando os nomes e endereços
das pessoas a ela ligadas. Como
no caso de Mary Rogers, a novela
não chegava a nenhuma conclusão
e apresentava um frustrante e
incongruente  desenlace...


Imagem Internet



Continua na próxima postagem......

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Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe