sexta-feira, 29 de maio de 2020

MITOS SOBRE O CORPO E A SAÚDE -.I V.





- Uma pessoa às portas da morte evoca em sucessão, todos os momentos de sua vida.

Os romancistas e poetas são os responsáveis pela divulgação da crença de que a vida passada acorre inteira ao pensamento, nos instantes que precedem a morte. Na verdade, ninguém ainda
voltou do além para confirmar essa crença largamente difundida. Há muitos casos de pessoas salvas de uma morte iminente que refutam essa tese. Eu, inclusive.

- O ingles A.R.Bayley, salvo da morte por afogamento,  declarou e escreveu em 1916:
" Lembro-me que julguei ter chegado ao fim mas não me lembrei de nenhum acontecimento da minha vida passada. ".

- Um piloto abatido em 1918 declarou ao sair dos destroços de seu avião:
" Só pensei na minha namorada que está na Inglaterra! "

- Eu, ao me ver planando em um avião da minha empresa - um Piper PA 90 - Twin Comanche - depois de sofrer uma " pane seca ", por absoluta irresponsabilidade do meu piloto ( que, segundo soube, vendo cassada a licença para pilotar, por causa deste acidente, foi voar clandestinamente nos garimpos do Pará e lá morreu e matou seus passageiros, ao tentar decolar de uma pista curta, com peso acima do especificado para a aeronave e não conseguindo altura suficiente e indo, em consequência, bater nas árvores da cabeceira da pista ).
Pois bem, nesta ocasião, em que me vi na iminência da morte, não pensei em absolutamente nada, da vida pregressa. É que o
instinto de conservação, suprime todas as outras lembranças e a pessoa só pensa na possibilidade de sobreviver. Durante a queda, diante  do " silêncio ensurdecedor " vindo dos
motores parados, apenas me vi incentivando o piloto a manter a estabilidade do avião, para que ele não " estolasse " e a procurar algum lugar para aterrizar da maneira menos traumática possível.
Isso se deu na estrada que liga Amargosa à BR 116, nas proximidades da cidade de Milagresno estado da Bahia.
Esse foi um dos sete acidentes graves que já sofri e, em nenhum deles, me vi a relembrar lgo do meu passado.

Continua na postagem seguinte......

A todos os amigos e visitantes desejo um ótimo final de semana.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 22 de maio de 2020

MITOS SOBRE O CORPO E A SAÚDE. III.






- O arranhão de um prego enferrujado pode causar tétano.
O tétano é uma grave enfermidade infecciosa causada pela toxina produzida por uma bactéria chamada Clostridium tetani. Não é verdade que um prego enferrujado causa tétano uma vez que nem o metal e nem a ferrugem são venenosos. Somente se verificará
o contágio, se entre a sujeira encontrada no prego houver a presença de algum organismo produtor dessa doença. Qualquer objeto pode trazer a bactéria. Por exemplo os instrumentos
de jardinagem podem conter a toxina trazida do solo.

- Um afogado vem 3 vezes à superfície.
Afirma-se que um homem  emerge 3 vezes antes de morrer afogado. Não, necessariamente, se verifica esse fenômeno. Com o risco de se afogar, a pessoa é presa do pânico e, cada vez que submerge, aspira água para os pulmões. Esse fenômeno tem uma variação muito grande de repetições - e as vezes nem sequer ocorre - antes da pessoa morrer asfixiada.

Continua na próxima postagem............ 

Bom final de semana, abraço do amigo,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 15 de maio de 2020

MITOS SOBRE O CORPO E A SAÚDE. II





Cabelos e unhas continuam a crescer após a morte.
Este mito nasceu de uma declaração no mínimo exagerada de um cidadão inglês chamado Charles Augustus Howell. Em 1869 ele foi testemunha da exumação do corpo da mulher do pintor Dante Gabriel Rossetti, morta em 1862. Declarou que tinha ficado impressionado com a luxuriante cabeleira da morta, que praticamente enchia o caixão, exibindo a cor vermelho-dourada. Se essa descrição corresponde a verdade, seus cabelos já eram assim
quando ela morreu. De fato, o cabelo de um cadáver não cresce. O que se pode atribuir ao falso " crescimento " é uma leve contração da pele que, ao desidratar, pode revelar 1 a 2 mm do pelo embutido na epiderme quando em vida. Nunca, entretanto, o suficiente para
encher um caixão. As unhas e os cabelos crescem a partir da raiz, pela multiplicação das células que são alimentadas pela corrente sanguínea. Cessando a circulação com a ocorrência da morte, o fornecimento de nutrientes é interrompido e as células perdem as condições e o poder de se multiplicar.


Continua na próxima postagem......

Abraços e um ótimo final de semana.



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 8 de maio de 2020

MITOS SOBRE O CORPO E A SAÚDE. I





- Quando se cai de uma grande altura, morre-se antes de atingir o chão.

Para não morrer queimado quando seu avião Lancaster foi atingido por um projétil e tomado pelas chamas, durante uma missão de bombardeamento sobre a Alemanhaem 1944, o sargento da RAF, Nicholas Alkemade, saltou de aproximadamente 5,5 km, sem paraquedas, imaginando que assim a morte seria menos dolorosa e mais rápida. Chegou ao solo ileso e ainda consciente! É que nos últimos metros do mergulho, a 190 k/h, sua queda foi amortecida pelas ramagens novas de pinheiros, e por uma camada densa de vegetação, sendo, finalmente, protegido por uma profunda camada de neve. Tal experiência derruba a crença de que, quando se cai de uma grande altitude, se morre antes de atingir o solo. Pensava-se, piamente, que a asfixia provocada pela velocidade da queda ou o ataque cardíaco provocado pelo pânico, mataria o individuo antes do impacto final. A falsidade desta crença tem sido demonstrada quase que diariamente por paraquedistas de todo o mundo que, regularmente, descem em queda livre por vários quilômetros antes de  abrirem seus paraquedas. No ano de 1960, nos Estados Unidos, o capitão Joseph Kittinger saltou de um balão e percorreu nada menos que 25 km em queda livre antes de abrir o paraquedas. Chegou ao solo incólume e consciente.

Continua na próxima postagem.......

Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 1 de maio de 2020

RITUAIS FÚNEBRES - final -





A citação comumente usada, de que todos se igualam na morte, nem sempre teve sentido. Na Escócia e no norte da Inglaterra, a zona norte do cemitério era reservada aos criminosos, por ser considerada uma região de mau agouro, enquanto os fiéis piedosos eram enterrados na parte leste, mais próximo da " Terra Santa ", a nobreza na parte sul e o povão era amontoado na parte oeste. Dureza mesmo é como têm sido tratados os suicidas. Considerados assassinos de si mesmos, não podiam ser enterrados em terra consagrada. Até o ano de 1824 na Inglaterra, havia uma Lei que mandava enterrar os suicidas em uma encruzilhada, com uma estaca a traspassar-lhe o coração. É que havia a crença de que as pessoas enterradas fora dos cemitérios - terra consagrada -  voltariam à Terra na forma de seres malignos, para atormentarem os seres vivos, se não fossem presos a algum lugar com uma estaca. Ainda assim, mesmo que o espírito conseguisse se libertar, ficaria totalmente perdido e não saberia que rumo tomar para alcançar o mundo dos vivos, já que fora sepultado em uma encruzilhada. Também as cores são usadas em muitas comunidades como sinal de luto. No ocidente é o negro que assinala tradicionalmente o luto.. Na China é o branco, significando os votos de felicidade e prosperidade no outro mundo. A vida e as energias físicas, são celebradas nos enterros ciganos e eles se vestem de vermelho. Já no mundo celta , o vermelho significava a morte, pressagiava o desastre e nunca era usado. Os muçulmanos acreditam que as almas dos justos assumem a forma de aves brancas e, durante a idade média, essa crença se difundiu por toda a Europa. Realmente são insondáveis os mistérios que cercam a morte e, embora convivamos diuturnamente com ela, jamais seremos capazes de aceitá-la racionalmente, se seus tentáculos escolhem algum ente querido.

Excelente final de semana a todos, obrigado pela visita.

Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe