sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

ORGIA: SEM SABER O QUE É, NÃO PARTICIPE!...


                                                                    Imagem Internet


No dia 11 de agosto de 2003, segundo inquérito policial, o Oliveira embriagou seu amigo Silva e em seguida levou ele e sua mulher, Ednair Alves de Assis, a uma construção localizada no parque Las Vegas (o nome tem tudo a ver...), em Bela vista de Goiás. Lá, obrigou o amigo e a mulher a se despirem e praticarem sexo, dizendo que queria fazer uma " suruba ". Logo a seguir, Oliveira teria aproveitado para fazer sexo anal no amigo. O Silva, ao passar o porre, foi prestar queixa na delegacia que abriu o competente inquérito e remeteu para a Justiça. Abaixo vou reproduzir ad literum, o acórdão do Tribunal de Justiça de Goiás, publicado no dia 6 de julho
de 2004. Achei um barato!

"Apelação criminal. Atentado violento ao pudor. Sexo grupal. Absolvição. Ausência de dolo.

1- A prática de sexo grupal 
é ato que agride a moral e os costumes minimamente civilizados.

2- Se o individuo, de forma voluntária e espontânea, participa de orgia promovida por amigos seus, não pode ao final do contubérnio dizer-se vítima de atentado violento ao pudor.

3- Quem procura satisfazer a volúpia sua ou de outrem, aderindo ao desregramento de um bacanal, submete-se conscientemente a desempenhar o papel de sujeito ativo ou passivo, tal é a inexigência de moralidade e recto neste tipo de confraternização.

4- Diante de um ato induvidosamente imoral, mas que não configura o crime noticiado na denúncia, não pode dizer-se vítima de atentado violento ao pudor aquele que no final da orgia viu-se alvo passivo do ato sexual.

5- Esse tipo de conchavo concupiscente, em razão de sua previsibilidade e consentimento prévio, afasta as figuras do dolo e da coação.

6- Absolvição mantida. Apelação ministerial improvida."

O relator foi o Desembargador Paulo Teles.

Como reproduzi fielmente, me abstive de reparar a concordância da 
" bacanal " que é feminino.


Abraço e bom final de semana.
Até sexta-feira.

Clóvis de Guarajuba
ONGAnde&Limpe


sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

- DESCULPEM-ME, A INDIGNAÇÃO FALOU MAIS ALTO!!!

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                                                                        - pacu -
                                             
 Ao assistir a uma reportagem exibida pela Globo News, lembrei-me do absurdo por mim presenciado no porto de Manaus, numa das minhas inúmeras visitas anuais àquela cidade. Trata-se de um dos mais imorais fatos de que se tem notícia neste País, já repleto de imoralidades: o desperdício vergonhoso de alimentos, enquanto muitos conterrâneos morrem de fome!!!
Todos os anos, no período em que a vazante dos rios amazônicos tem inicio, a captura de peixes nos rios, igarapés e lagos da região, aliada à abundância de espécies como pacu, jaraqui, aracu e outras, é feita em grande quantidade. Ao chegarem à Manaus, diariamente, os pescadores não têm a quem vender o produto do seu trabalho - o mercado consumidor é restrito e não há locais de armazenamento - e são jogadas no lixo em média, 10 toneladas de peixes todos os dias!
Enquanto isto ocorre, no Nordeste Brasileiro, multidões passam fome! Há mais ou menos 10 anos, mandei um e-mail para o então Senador pelo Amazonas, Sr. Arthur Virgílio, descrevendo este verdadeiro crime e sugerindo que instasse a quem de direito, a fazer a seguinte operação: dispomos, na Base Aérea de Manaus, de nada menos que 8 aviões de carga modelo C105A-Amazonas, de fabricação espanhola, capazes de carregar até 9,7 toneladas cada um. Por que não utilizá-los para trazer o pescado excedente da região,
acondicionado em containers refrigerados, para quem precisa dele???! Comprar-se-iam os peixes por um preço simbólico (digamos, a dois reais) e se venderiam  nos diversos municípios em estado de calamidade pública, aqui no nordeste, a preço subsidiado.
Com isto resolveríamos pelo menos três problemas cruciais, a saber:

1- ajudaríamos o pescador da região a minimizar os prejuízos, afinal dois reais é melhor do que nada;

2- mataríamos a fome dos flagelados das regiões carentes, que pagariam com prazer pelo alimento, a preço subsidiado ( pois, ao contrário do que pensam os governantes de plantão, o povo, em sua maioria absoluta, não quer nada de graça, como as famigeradas bolsas disso, bolsas daquilo e cestas básicas, que só fazem humilhar o cidadão, como disse muito bem o grande Luiz Gonzaga) e

3- diminuiria a terrível poluição decorrente do descarte de  peixes no lixo e principalmente no Rio Negro, já muito poluído por outros agentes.

E não me venham com desculpas do tipo " os aviões não podem ser usados para esse fim ".
Os aviões são do povo, pois o governo não produz nada, só faz gastar ( e muito mal ) o dinheiro arrecadado deste mesmo povo que, garanto, autorizaria, em um eventual plebiscito, seu uso para este fim nobre!!! Que as devidas providências sejam tomadas, urgente, uma vez que tal desperdício imoral, acontece todos os anos nesta mesmo época..



                                             - jaraqui -

Um excelente final de semana a todos. Se possível, deixem suas opiniões nos comentários abaixo do texto.

Abraço e bom final de semana.



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limape

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

COISAS QUE SÓ ACONTECEM NO BRASIL...

Mais uma vez  chego à  Manaus e me vejo frente a frente  com uma situação  inusitada e revoltante. Ao me dirigir ao porto, para embarcar no navio que  me levará  até a cidade de Oriximiná, onde devo visitar alguns amigos de infância e passar alguns dias na fazenda de um deles, constato, novamente, que continua o desperdício imoral de algumas toneladas de peixes, resultado da diuturna pescaria feita por profissionais artesanais do ramo. São  muitos, e o resultado delas, demonstra o quanto os rios amazônicos são  generosos. Inúmeras  e variadas embarcações chegam bem cedinho à  orla da cidade e, incontinente, começam a comercializar as variadíssimas espécies. São,  principalmente,  tambaqui, pacu, curimatá, jaraqui, mapará, surubim, acari ( ou bodó ),  aruaná e outras espécies menos comuns.
                             
                                                                     Mercado MAO


O limitado número de compradores, não tem capacidade de consumo suficiente sequer para absorver metade dos peixes oferecidos. É  que, uma grande quantidade das espécies  de maior valor comercial, é  adquirida pelos peixeiros do mercado de peixe, em carretas frigoríficas provenientes de cidades interioranas, tradicionalmente fornecedoras de peixes de melhor qualidade, tanto dos rios como de criatórios. Lá, por volta de meio dia, na iminência da perda total das sobras, os pobres trabalhadores, heróis  da cansativa faina no rio, começam  a apregoar, a plenos pulmões, a oferta de até  50 unidades por apenas R$ 5,00 ! Mais algumas poucas unidades vendidas e começam a descartar as sobras, imprestáveis, mercê  da exposição às  intempéries, já  que não  há  nenhum tipo de refrigeração. As sobras - que contam-se em toneladas - são  simplesmente descartadas no Rio Negro!
Enquanto isto, no Nordeste brasileiro, há pessoas morrendo de fome !
O que falta para nossos incompetentes  e egoísta governantes, colocarem containers com gelo, para serem transportados nos aviões Hércules  ( aqueles mesmos usados no transporte dos corpos das vítimas do acidente aéreo com a equipe da Chapecoense ). Tais equipamentos, fabricados para transportar cargas pesadas, permanecem parados em diversas bases aéreas espalhadas pelo território nacional, ociosos ou apenas eventualmente utilizados. A sugestão é  que o Governo compraria os peixes nas mãos  dos pescadores a, digamos, 2 reais o quilo e transportaria para o Nordeste do País, vendendo o produto aos necessitados e atingidos duramente pela seca prolongada, a 5 reais o quilo e, se não  for  legal a criação  desta despesa, uzar-se-ia a diferença de 3 reais, para pagar as despesas com o combustível.
É  imoral e vergonhoso jogar comida no lixo, enquanto muitos patrícios morrem de fome !
Inacreditável a falta de iniciativa dos nossos governantes!!!





Obrigado pela visita. Até a próxima sexta-feira.


Clóvis de Guarajuba
ONG Ande&Limpe



sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

1 - ALGUNS FENÔMENOS AMAZÔNICOS.




Há algumas explicações que devem ser dadas, principalmente àqueles que não têm a felicidade de conhecer a região amazônica:
Quando nasci, em 18.10.1941, meus pais, então recém casados ( sou o primogênito do 2o casamento do meu pai ), possuíam, além do rendoso negócio com castanha do Pará, uma fazenda chamada Perseverança, à margem direita do rio Cachoeiri. Este riozinho é uma das duas únicas ligações entre a calha principal do Rio Amazonas e o seu afluente, pela margem esquerda, o Rio Trombetas.
Agora convoco-os a fazer um exercício de raciocínio: imaginem o que significa, em volume de água, a invasão do maior rio do mundo, a um riozinho que, àquela época, tinha pouco mais de 100 metros de largura! A correnteza é brutal! As margens e o leito do Cachoeiri são
arrancados pelas águas violentas do Amazonas, tornando-o, a cada dia, mais profundo e mais largo. A previsão é de que, dentro de poucos anos, o Cachoeiri estará ligado a um lago que existe na parte posterior da fazenda. É preciso dizer, a esta altura, que o Rio Amazonas é geologicamente novo pois, não tendo ainda definido seus limites marginais, continua a escavar seu próprio leito e a erodir  suas  margens, transformando-os em sedimentos que são carregados
para formar novas ilhas e bancos de areia, alhures. Por conta deste fenômeno é que, independente das qualificações ou dos cursos, títulos e/ou experiência que detenham os comandantes de navios vindos de todo o mundo, ao chegarem na foz do Amazonas, nas
proximidades da cidade de SalinópolisSalinas para os íntimos ), o comando desses " monstros ", capazes de carregar  até 80 000 toneladas de carga, é assumido por um profissional denominado 
( erroneamente, a meu ver ) de " Prático ". Esta providência é tomada
justamente porque o leito do rio é diuturnamente modificado: ora desaparecem ilhas e bancos de areia já consolidados; ora surgem, onde antes nada havia, novas ilhas, cuja detecção só pode ser percebida por quem conhece as " manhas " do rio, evitando, mercê desse conhecimento, o encalhe, muitas vezes irremediável, das embarcações. Conheço razoavelmente essa função de comando, porque tive dois tios - tio Tito e tio Paulo Aragão - e dois primos - Alberto e Leonel Aragão - que exerciam as funções de comandantes e práticos da
Marinha Mercante na Região Amazônica, conduzindo seus navios, não raras vezes, até Iquitos, no Peru. Tive, também, a oportunidade de viajar em um graneleiro carregando 60 mil toneladas de minério de bauxita oriundo das minas do Trombetas, com destino à  Barcarena, e posso garantir que há sim a necessidade dos "Práticos" no comando desses transatlânticos, embora sejam equipados com toda uma parafernália eletrônica moderna.


Excelente final de semana a todos e um abraço do amigo,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

CUIDADO! NÃO JULGUE NINGUÉM ÀS PRESSAS.


Muitas vezes teimamos em criticar outras pessoas sem levar em conta as circunstancias , possibilidades e a maneira de ver e interpretar determinados " fatos ". Teimamos em não verificar nossos próprios defeitos e limitações. Somos incapazes de olhar pra dentro de nos mesmos, antes de criticar.
A estória que se segue, ilustra bem o que quero dizer:
Recém casados, o casal foi morar em um bairro residencial muito tranquilo. Já na primeira manhã, enquanto tomavam café, a mulher olhou através da janela e, reparando que uma vizinha pendurava alguns lençóis num varal, comentou com o marido:
- Veja, querido. Os lençóis que aquela senhora está estendendo no varal estão sujos! Quando tiver intimidade com ela, vou aconselha-la a mudar de sabão!
O marido ouviu mas não disse nada. Alguns dias depois, a mesma cena. Durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher novamente comentou:
- Que coisa! A vizinha continua a estender lençóis sujos no varal.
Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ele quer que eu a ensine a lavar roupas!

E assim, semana após semana, a mulher repetia a mesma ladainha para o marido, enquanto a vizinha estendia os lençóis. Um mês depois, a mulher teve uma surpresa quando viu a vizinha estendendo no varal, lençóis branquinhos, imaculados e sem nenhum sinal
de sujeira. Correu ao encontro do marido e, empolgada, disse:
- Veja, querido, a vizinha aprendeu, finalmente, a lavar as roupas. Será que a outra vizinha a ensinou?! Porque eu não ensinei...
E o marido, com toda a calma, respondeu:
- Não, filha. É que hoje eu levantei mais cedo e limpei os vidros da nossa janela!...

A todos os meus amigos e visitantes, um excelente final de semana!
Grande abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande e Limpe