sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

28 - OS ACIDENTES DE VEÍCULO - III -

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                                                        Assim ficou a Caravan

Além das dificuldades já descritas na estrada da CETREL, havia chovido muito pela manhã daquele dia, o que deixara cheios de água, os inúmeros buracos existentes na pista, exigindo, aqui e ali, uma freada brusca, para não danificar muito a suspensão do veículo. Na primeira curva fechada após o aterro sanitário, vindo em velocidade moderada - por vola de 60 k-h, deparei com uma poça que certamente, ocultava um buraco quem sabe de que dimensões. Instintivamente acionei o pedal do freio, na intenção de diminuir ainda mais a velocidade. Tal ação deve ter assustado  condutor de um caminhão de lixo que vinha imediatamente atrás de mim e que, certamente, por ser bem mais pesado, não conseguiu diminuir a velocidade a tempo, atingindo a traseira do meu carro, violentamente. O impacto provocou diversos problemas tanto no carro quanto em mim mesmo. Com a batida na traseira, minha cabeça fez um brusco e intenso movimento de vai e vem, ocasionando um trauma na coluna cervical, felizmente absorvido pelo meu  corpo, não deixando sequela alguma, após mais ou menos, uma semana de dor. Saltei do carro, imediatamente, dirigindo-me ao motorista do caminhão e reclamando com veemência, da falta de guarda da distância que ele teria de manter do meu carro, conforme normas de trânsito.
Em seguida, liguei para minha mulher que se encontrava em casa, aqui em Guarajubapedindo a ela que, em vez de ir ela mesma ao meu encontro, entrasse em contato com nosso vizinho e amigo Joel, dono do Restaurante Prapapá, que se deslocou, imediatamente até o local onde me encontrava...

Continua na próxima postagem...

Um bom final de semana  a todos e obrigado pelas visitas.



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

27 - OS ACIDENTES DE VEÍCULO - II -

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                                  vista do Complexo Petroquímico de Camaçari - COPEC

Passei algum tempo trabalhando em Juazeiro-Ba e, apesar de haver a opção de ir de ônibus leito ou de avião até a cidade de Petrolina-Pe, preferia ir no meu carro, principalmente para trazer frutas variadas, das quais a cidade é grande produtora. 
Em um desses retornos do plantão em que, como sempre ocorria, trazia melancias, melões, abacaxis, etc, e percorreria o trajeto costumeiro que incluía a utilização da Via de Tráfego, que depois de atravessar o Polo Petroquímico de Camaçari, me colocaria na Estrada da CETREL, a qual dá acesso à Estrada do Coco, onde resido. Usando tal alternativa de deslocamento, evitava principalmente a complicação do trânsito intenso na Rodovia CIA/AEROPORTO, ganhando tempo, embora a distância - medida por mim - seja praticamente a mesma.


                                           Uma as dezenas de curvas da estrada da CETREL

Vindo pelo Canal de Tráfego, só há duas opções de acesso à Estrada do Coco: a Estrada da Cascalheira e a Estrada da CETREL  ( Centro de Tratamento de Efluentes Líquidos ).
Embora potencialmente perigosa, devido às inúmeras curvas 
- algumas muito fechadas - à absoluta falta de acostamento e, principalmente, à falta de duplicação da pista, a Estrada da CETREL é mais vantajosa, por levar à uma  saída para a Estrada do Coco, cerca de 20 km mais próximo de Guarajuba, onde moro.
Todos os meus problemas começaram logo no início da Estrada da Cetrel, imediatamente depois de passar em frente ao aterro sanitário da Prefeitura de Camaçari, localizado à margem direita de quem vem do COPEC para a Estrada do Coco...

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Continua na próxima postagem.....

Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

26 - OS ACIDENTES DE VEÍCULO. - I -

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A curva e as palmeiras


A propósito, acabo de renovar a CNH com validade até o ano de 2023, com um detalhe: graças à troca de lente do olho esquerdo - por causa da catarata - sem a exigência de óculos ).
Sempre fiz questão absoluta de seguir as instruções dos fabricantes de veículos, principalmente no que toca aos momentos das revisões. Acredito que os fabricantes e seus engenheiros, são as pessoas mais indicadas para instruir aos usuários, quanto ao período mais indicado para a manutenção. Foi graças a isto que me envolvi no primeiro dos três acidentes de veículos terrestres de 4 rodas, potencialmente mortais. A propósito, foi o único acidente que me ocorreu sem a interferência desastrada e irresponsável de terceiros. Saí de casa para levar a " Caravan " à loja da Signal, localizada no Vale de Nazaré, onde fazia costumeiramente as revisões, antes de cada viagem que empreendia com a família. Naquele dia, por volta das 7 h, vinha eu descendo do Largo de Nazaré para o Vale, quando, ao fazer uma curva à direita - vide foto - fui surpreendido pela derrapagem irremediável, das rodas traseiras do veículo. ( Soube-se depois, que havia muito óleo no local, talvez derramado pelos ônibus que, pelas manhãs, saem das garagens com os tanques cheios ). Nada podia fazer para controlar o carro, tornando-me mero passageiro impotente. Em consequência dessa derrapagem, a Caravan subiu o meio fio da via, indo chocar-se, violentamente, contra uma das palmeiras gigantescas existentes naquele local. O apavorante e barulhento choque, se deu na lateral esquerda do carro, imediatamente atrás do banco do motorista, onde me encontrava. Ainda bem que sempre usei o cinto de segurança, o que me preservou de movimentos que poderiam gerar lesões graves. Em seguida ao choque, o veículo deslizou de ré, indo parar na calçada da Avenida Vale de Nazaré, felizmente, sem invadir a pista, o que, certamente, provocaria o envolvimento de outros veículos, cuja quantidade é muito grande naquela via à essa hora.
Assim como nos outros acidentes posteriores, que descreverei em seguida, a Caravan da vez - era fã desse tipo de carro - foi vendida como sucata.

Continua na próxima postagem.....

Um ótimo final de semana pra todos.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

25 - ACIDENTE DE MOTO - final -

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Embora não dependesse dos negócios para nos manter, decididamente as coisas em Belém não estavam dando certo. No negócio da pesca, acabei descobrindo que, sendo o dono do barco, deveria sair eu mesmo junto com a tripulação, porque neste negócio, mais do que em qualquer um outro, funciona completamente aquela assertiva de que " só o olho do dono engorda o gado "...
É que começaram os " furtos " de rede, muitas vezes de centenas de metros ( as redes de pesca na região, para serem economicamente viáveis, têm que ser medidas em quilômetros - a minha media cerca de 4.000 m ), os peixes capturados eram muito poucos - soube, depois que eram vendidos clandestinamente em grande quantidade - dando apenas para cobrir as despesas; o óleo diesel vazava inexplicavelmente dos tanques, etc. etc. etc. Muitos desses " incidentes ", eram provocados pela falta de interesse da tripulação, só descoberta com a continuação da convivência com tais profissionais. Aos poucos ia descobrindo uma série de malandragens que acabaram por explicar 90% dos " incidentes " citados...
Transferi minha família de volta à Salvador, ficando em Belém o tempo suficiente para me desfazer de tudo que lá adquirira. Restava-me apenas agradecer ao meu irmão Clébertodo o apoio que me ofereceu quando do acidente de moto. Depois de fazê-lo, retornei à
Salvador e hoje lamento profundamente o fato desse meu irmão ter falecido, ele próprio, vítima de um violento acidente automobilístico, quando se dirigia à sua fazenda localizada nas proximidades de Capanema.

Um ótimo final de semana aos meus amigos e visitantes.
Grande abraço,


Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

24 - ACIDENTE DE MOTO - parte III -

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Lúcido, embora poli-traumatizado e cheio de escoriações provocadas pelo deslizar sobre o asfalto áspero, tomei um táxi e fui até o Pronto Socorro Municipal, localizado na mesma Travessa 14 de Março
que era meu destino, apenas com a diferença de localização, bem distante da casa da minha mãe.
 Prontamente atendido pelos excelentes médicos e residentes de plantão, fui submetido a diversas radiografias que demonstraram
as fraturas de 3 costelas do lado esquerdo do tórax, sendo que uma delas, com o movimento que fiz para me levantar, perfurou o pulmão esquerdo, a poucos centímetros do coração!
Só então tive consciência de todo o risco de morrer que corri, ao movimentar-me para me levantar... Nenhum dano, porém, foi verificado quanto ao marcapasso, que continuava
funcionando normalmente, fato constatado pelo ECG a que também fui submetido.
Transferido para um hospital, depois de devidamente imobilizado, foi verificada a presença de ar na caixa torácica, proveniente do pulmão perfurado. Este fenômeno, conhecido como " pneumotórax ", juntamente com a imobilização a que fora submetido, por conta
das costelas fraturadas, me mantiveram internado até que o organismo eliminasse o ar e as fraturas se consolidassem. Ainda desta vez, tive alta sem apresentar sequelas...

Continua na próxima postagem........


Bom final de semana a todos.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe