sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

- A ORIGEM DA VIDA - V -

 




Impossível saber quanto tempo passou até que surgisse o primeiro indício de vida, até porque o tempo não existe e é determinado artificialmente apenas para medir episódios ligados à insignificância da duração da vida humana... Portanto, àquela época não existiam 
" períodos de tempo " propriamente ditos. Sabemos, entretanto que durante épocas indeterminadas, nas águas tépidas dos mares de então, as gotículas de gelatina foram sendo " cozidas " em fogo lento. Pouco a pouco foram aparecendo algumas moléculas gigantes e grupos de moléculas, complexos derivados das simples gotículas gelatinosas, até que, por fim, depois de tempos infinitos e de incontáveis combinações químicas, se formou a maravilhosa molécula que chamamos de proteína. Seu surgimento, entretanto, se prolongou no caos do tempo sem que atinássemos como, quando onde.

A nova substância, totalmente diferente das rochas, dos gases e dos líquidos, é formada por centenas de átomos, detém uma enorme energia química e pode crescer em qualquer direção. Comparada com as outras substâncias, parece gigantesca! Pode dilatar-se, contrair-se, dobrar-se, esticar e encolher. Pode tornar-se rija como um pau, enrolar-se como um novelo ou enroscar uma das extremidades, adotando uma configuração semelhante ao número 6 ou 9.

A varinha mágica da vida é constituída pelas proteínas e outras moléculas chamadas ácidos nucleicos, todas nascidas no mar. Com o decorrer do tempo, formaram as proteínas, os enzimas, a insulina, a hemoglobina e os genes. Em seguida a evolução foi criando os músculos e s órgãos para comandar as funções vitais fazer  bater os corações, fazer respirar os pulmões. vibrar os nervos, e, finalmente, fazer fluir o pensamento!...

Mas, antes de tudo isto, tiveram que fazer uma célula viva com os elementos que flutuavam nos oceanos. Apesar de todas as suas virtudes, porém, aquelas moléculas ainda não eram a VIDA!...


- continua -


Um bom fim de semana a todos.


Clóvis de Guarajuba

Ong Ande&Limpe

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

- A ORIGEM DA VIDA - IV -

 

                                                                - imagem Internet -                                                  


Ao flutuar na água, as moléculas de uma massa de matéria orgânica tendem a unir-se formando uma espécie de gelatina, a que os químicos chamam de " colóide ". Na verdade eles são uma matéria intermediária entre o estado líquido e o sólido, de que são exemplos a gelatina, a clara do ovo e a espuma que se forma na superfície de uma sopa. Quando um colóide num líquido aquoso se agita, ao invés de dissolver-se, se decompõe em pequenas gotículas. Usando-se em ambiente de laboratório alguns instrumentos ultra-sensíveis, comprovou-se uma particularidade muito curiosa dessas pequenas gotas de gelatina: elas possuem em sua superfície um ligeiro magnetismo que atraem as moléculas da água em que flutuam, as quais aderem às gotículas em filas apertadas e paralelas. Tal propriedade confere à gelatina uma curiosa " pele " líquida, através da qual podem entrar e sair as substâncias dissolvidas na água.

A enorme quantidade de gotas gelatinosas a flutuar no mar já eram uma rudimentar imitação do protoplasma das futuras células vivas...

Mas, cada uma destas gotículas tinha fracionado e isolado uma pequeníssima porção do mar, na qual as reações químicas adquiriam um certo " controle " e um desígnio determinado.

A " pele " transparente e curva das gotículas gelatinosas funcionava como uma lupa microscópica, concentrando os raios de sol e a densa carga de radiações ultravioletas. O ozônio das camadas superiores da atmosfera, atualmente protege o delicado protoplasma das células vivas. Tal proteção, porém, não existia ao tempo do inicio da vida e a luz ultravioleta literalmente " cozeu " os elementos químicos necessários à vida, que flutuavam no primitivo oceano.

Quando a energia dos raios penetrou nas gotas gelatinosas, pôs em andamento o mecanismo da vida..


- continua -


Clóvis de Guarajuba

Ong Ande&Limpe

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

- A ORIGEM DA VIDA - III -


                                                          - imagem Internet -



Se alguém tivesse o dom de presenciar o início da vida, certamente teria contemplado a aparição dos primeiros hidrocarbonetos, que são a etapa primeira da evolução química da vida. Com efeito, as moléculas de carbono e de hidrogênio, têm o estranho poder de crescerem de forma semelhante ao ser humano. Não se limitando a ser apenas uma partícula de matéria inanimada, as moléculas de hidrocarbonetos podem se tornar mais complexas, replicar sua estrutura e assim aumentar o seu tamanho. Durante muito tempo, os químicos e estudiosos da matéria, achavam que os hidrocarbonetos e outras substâncias classificadas como " orgânicas ", somente poderiam ser originados por células vivas.

 Tal pensamento originou o seguinte enigma: como poderia haver hidrocarbonetos sem vida e ao mesmo tempo admitir-se o início da vida sem os mesmos hidrocarbonetos!!! Atualmente, depois de vários experimentos em laboratório, focou demonstrado que os primeiros hidrocarbonetos formaram-se quando as moléculas de metano foram bombardeadas por descargas elétricas, faíscas e raios cósmicos.

Mas a liberação desses elementos e a formação de determinados compostos químicos indispensáveis ao surgimento da vida, não bastavam. Era necessário que tivessem uma forma determinada e precisa...

E tal fenômeno se iniciou com os hidrocarbonetos existentes no mar...


- continua -


Até a próxima sexta.


Clóvis de Guarajuba

ONG Ande&Limpe






sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

- A ORIGEM DA VIDA - II -

                                                            Imagem Internet


 ...como a atmosfera era uma mistura de amoníaco, metano e vapor d`agua, não havia oxigênio livre no ar. A totalidade do oxigênio então existente, estava combinada por sua vez,  com o hidrogênio ( H2O ), fazendo parte do granito - em cuja composição o oxigênio participa na proporção de 50% - no minério de ferro e em outros tipos de rocha no interior da crosta. O mesmo acontecia com o azoto ( Nitrogênio ). Os metais pesados, como o carboneto de ferro, aprisionavam todo o Carbono, mantendo-o enterrado sob espessas camadas de lava e granito.

Mas chegou por fim o momento em que a Terra inerte, começou a agitar-se com fatos assombrosos: ventos ciclópicos encrespavam as águas, cones de vulcões surgiam abruptamente, raios ultravioletas bombardeavam o mar e a terra. Libertados e liquefeitos par tais cataclismos, os elementos vitais chocavam-se violentamente com os fluidos e gases vulcânicos, misturando-se já dissolvidos com as águas do mar. Outros elementos químicos, arrancados do ar pelas chuvas, foram se juntar aos rios que escavavam vales a medida que dissolviam os sais das rochas. E todos estes elementos foram carreados para os mares, que se converteram assim, em origem da vida.

Para a realização de qualquer experiência química, o grande acúmulo de água nos oceanos constituía um ambiente ideal. O calor abrasador do Sol durante o dia, não conseguia elevar em muito a temperatura das águas, graças às correntes frias que se deslocavam continuamente nas camadas inferiores dos oceanos, carregando em seus bojos elementos químicos caídos da atmosfera e pondo-os em contato com os sais desprendidos das rochas...


- continua -



Até a próxima sexta.


Clóvis de Guarajuba

Ong Ande&Limpe

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

- A ORIGEM DA VIDA - I -

 



                                                               - imagem Internet                                                                


 A terra, há mais ou menos uns 4 bilhões de anos, certo dia saiu da sua primeira infância no impenetrável vazio do tempo. Na sua superfície as temperaturas começavam a depender da luz do sol. Bem rudimentar, a crosta, então formada por um deserto mineral de lava, granito e escória, era um verdadeiro campo de batalha onde havia luta dos elementos à candente e ofuscante luz dos rios de lava, enquanto, com grande estrondo, terremotos violentos a sacudiam ininterruptamente. Nuvens de vapor surgiam das profundas fendas que marcavam o globo terrestre enquanto gigantescos gêiseres lançavam no ar jatos de água fervente o que originou uma atmosfera saturada de umidade, que, com nuvens densas e negras encobriam  totalmente o sol. 

E a época das chuvas chegou. À medida que as nuvens se saturavam de umidade provocavam chuvas diluvianas que duraram vários séculos, até que inundaram de água doce as grandes depressões da crosta do planeta. Quando finalmente as nuvens descarregaram toda a água nelas contida, o sol brilhou sobre os novos oceanos.

 A terra, entretanto, era apenas uma bola inanimada de água e rochas que não havia ainda combinado os elementos necessários à criação da vida, embora já possuísse todos os elementos indispensáveis à sua gestação e geração...


- continua na próxima sexta-feira -


Clóvis de Guarajuba

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