sexta-feira, 29 de setembro de 2023

TRÂNSITO CAÓTICO

                                            Ônibus em fila tripla

Está chegando o dia em que não teremos mais condições de trafegar nas grandes cidades brasileiras! Pontos de estrangulamento já conhecidos, tornam-se cada dia mais intransitáveis. É angustiante ver motoristas com compromissos marcados, terem de sair de madrugada, sacrificando seu pouco tempo de descanso, para poder cumprir com suas obrigações.
Fico me perguntando:
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O QUE ESTARÃO PLANEJANDO
NOSSOS GOVERNANTES,
PARA
RESOLVER ESTE PROBLEMA?!!
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A resposta, indubitavelmente é:
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NO MOMENTO, NADA...
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"Um valor mais alto se alevanta": as eleições do ano que se aproxima. Todos os administradores já estão focados ou em suas próprias reeleições ou na eleição de aliados. E a cada dia que perdemos para encontrar uma solução, são lançados nas nossas ruas e avenidas ( as mesmas de sempre, exceto as invasões ), dezenas e até centenas de novos veículos. Estou morando desde 2019 na cidade de Santa Izabel do Pará e sempre que tenho de ir à BELÉM, tenho que fazê-lo ainda na madrugada. Além dos pontos normalmente congestionados, em razão das eternas obras em execução na BR316, nas cidades de Marituba e Ananindeua, há um ponto crucial de estrangulamento, delimitado pelo Viaduto do Coqueiro e o Entroncamento. Não importa a hora do dia, sempre este trecho está engarrafado em ambos os sentidos. Tenho notado que os maiores responsáveis, pelo menos nesse perímetro, são os transportes coletivos, que, sem fiscalização alguma, tomam conta de todas
as faixas de tráfego, além de pararem em fila dupla nos pontos ou fora deles, colocando em risco a vida dos passageiros que deles descem ou neles sobem.
O que está faltando para colocarem nesses locais uma fiscalização dura, que multe as empresas, de acordo com o Código Nacional de Trânsito?!!!
Preocupa-me, sobretudo, a iminência de acontecimentos graves no trânsito, decorrentes da irritação causada aos motoristas presos nesses gargalos.
Basta olhar para o semblante de alguns, para ver que estão totalmente
desiludidos, indignados, sem esperança e desorientados, bastando um nada para que percam o auto controle.
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Conclamo às autoridades a CUMPRIREM SEUS DEVERES para com as cidades e seus cidadãos, antes que um mal maior aconteça.
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VAMOS TRABALHAR, PESSOAL!!!
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Um ótimo final de semana, abraço a todos os meus amigos e eventuais
visitantes. Se possível deixem seus comentários e ou opiniões sobre o
assunto.
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Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

ANAVILHANAS-PARAÍSO AMAZÔNICO.

ESTAÇÃO DA CHEIA
NA ESTAÇÃO DA SECA SURGEM AS PRAIAS
Sempre que não tiver novidades sobre nossa ONG ANDE E LIMPE,
procurarei falar, nos meus comentários neste espaço, a respeito de
pontos - no nosso território - que merecem ser visitados, quer por seus
encantos naturais, quer pela preservação que ainda ostentam.
Neste primeiro comentário quero me referir ao ARQUIPÉLAGO DAS ANAVILHANAS. Trata-se de uma reserva natural transformada pelo Decreto do Governo Federal 86061, de 02/07/1981, em ESTACÃO ECOLÓGICA, medindo aproximadamente 350.000 ha.
Localizada a 70 km de Manaus, esta maravilha ( pouco visitada por
brasileiros ), é constituída por cerca de 400 ilhas. Na estação das cheias amazônicas, as ilhas ficam quase que totalmente inundadas, formando um emaranhado de " furos " e " paranás " capazes de desnortear quem não conhece a fundo seus segredos. Na estação das secas, aí sim, descobrem-se as praias de areia branca onde tartarugas, tracajás, pitiús e outros quelônios, desovam aos milhares, protegidos por fiscais do IBAMA e pelos habitantes privilegiados desse paraíso. Você que, por seu esforço e trabalho, angariou recursos que permitem viajar de férias, não o faça para o exterior antes de conhecer as maravilhas do nosso País! Saiba que, cada vez mais, europeus,  americanos e orientais, veem nos visitar, ávidos por conhecer as belezas únicas em todo o mundo, localizadas na AMAZÔNIA!
As ANAVILHANAS são o maior ornamento natural do Rio Negro.


Um abraço a todos e até a próxima sexta-feira.

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande&Limpe
ONG Ande e Limpe

PS:Fotos de José de Paula Machado p/ a Coca-Cola

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

- INDÍCIOS DE INCAS NA AMAZÔNIA PARAENSE - final -






 Além das peças retratadas nos dois artigos anteriores, havia objetos e utensílios da época pré-histórica, mais precisamente do período Neolítico ou da pedra polida, ocorrido entre os anos de 12.000 a.C, até 4.000 a.C, que ilustram o presente artigo, representando, por sua aparência, uma espécie de tacape e um instrumento cortante parecido com um machado de tamanho reduzido, ambos elaborados em pedra polida. Levando em consideração as informações, sem muita precisão, reveladas ao meu companheiro de viagem pelo caboclo de quem ele adquiriu as peças, que davam conta das profundidades em que 
os objetos foram coletados, isto é, entre mais ou menos 80 cm e 8 m, podemos chegar a conclusão que:
a - As peças representativas de artesanato Inca, encontradas entre 80 cm e 1 m, devem ter por volta de 400 anos;
b - Os objetos da era da pedra polida, encontradas a mais ou menos 8 m de profundidade, seguindo o mesmo raciocínio, as colocaria em cerca de 6100 anos atrás, coincidindo com o fim do período Neolítico, demarcado pelo invento da escrita no ano 4000 a.C..
Ora, se tais parâmetros de tempo estiverem mais ou menos corretos, chegaríamos, no que diz respeito aos Incas, justamente ao período em que os espanhóis - Francisco Pizarro e seus comandados - chegaram à região por eles habitada, isto é, o ano de 1531. Como não tenho condições de proceder à datação com carbono 14 das peças, uma vez que não as possuo,  só me restaria proceder ao estudo da quantidade de material em suspensão existente nas águas do Amazonas
anualmente depositado em suas margens por ocasião das enchentes. Claro que tal estudo demandaria tempo e apuro técnico, além de grana, para que seus resultados tivessem condições absolutas de credibilidade científica. Na falta desses elementos, reservei-me o direito de atribuir um depósito de mais ou menos 20 cm de material, carreado pelas águas do Amazonas, a cada século. Não acredito que tal medida esteja totalmente fora da realidade se levarmos em conta 
a enorme quantidade de sedimentos em suspensão deslocada pelo grande rio.
Duas grandes conclusões poderão ser tiradas de tudo aqui revelado sob o aspecto histórico:
1 - O povo Inca se fixou por algum tempo na região compreendida entre a divisa dos estados Pará/Amazonas e a cidade de Óbidos, no Pará;
2 - Desde a pré-história - período Neolítico ou da pedra polida - o homo-sapiens habitava a região da Amazônia Paraense.




Um ótimo final de semana aos meus amigos e visitantes. Voltem sempre e deixem seus comentários.

Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

- INDÍCIOS DE INCAS NA AMAZÔNIA PARAENSE - I -



                                                                        cabeças de condores


Antes de apresentar minha tese que explicaria a presença de membros do império Inca  nas terras localizadas entre a divisa dos estados  Pará/Amazonas e a cidade de Óbidos, no Baixo Amazonas paraense, é necessário fazer uma viagem ao passado. Começaria por uma rápida visita à história dos Astecas ao tempo da chegada dos europeus ao Novo Mundo. Fernando Cortez chegou por volta dos 
anos de 1517 ou 1518, encontrando o império Azteca em pleno florescimento, sob o comando de Montezuma II e, depois de  conquistar a confiança do ingênuo gentil, acabou por assassiná-lo, assim como à maioria de seu povo, no ano de 1520
Logo assumiu seu lugar aquele que seria o último imperador dos Aztecas chamado Cuauhtémoc. Cortez impôs um novo morticínio, desta vez liquidando todos os Aztecas! Claro que alguns remanescentes, vendo as atrocidades perpetradas pelo espanhol e tendo consciência que nada poderia ser feito para neutralizar as armas por ele usadas, devem ter fugido, alguns rumo ao sul, onde, a partir da parte meridional da Colômbia, acabaram por contactar os Incas, para os quais narraram as terríveis consequências advindas com a presença dos europeus. Penso que tal fuga deve ter durado uns cinco anos, tempo suficiente para alguns remanescentes chegarem até o limite Norte do império Inca. A brutal descrição dos episódios, feita pelos recém-chegados, deve ter alarmado o povo Inca que passou a temer a chegada de tais assassinos aos limites do seu império. Foi 
sob o impacto dos acontecimentos lá no império Azteca, que os Incas viram chegar aos seus domínios, no ano de 1531, um outro espanhol, Francisco PizarroTal qual seu conterrâneo Cortez houvera feito com os Aztecas, também começou por angariar a simpatia dos nativos, com o único objetivo de descobrir, sem necessidade de conflito, os tesouros que imaginava escondidos pelos Incas.



A simples chegada de 
homens barbudos, 
portando armas 
desconhecidas, mas 
já descritas pelos 
Aztecasinclusive 
quanto à sua letalidade, 
deve ter feito alguns 
componentes do império 
Inca fugir, temerosos 
das consequências 
sinistras que adviriam, 
se permanecessem 
convivendo com tais invasores. 
Assim, resolveram fugir 
imediatamente, aproveitando 
para isto o fácil roteiro de 
fuga oferecido pela 
correnteza das águas 
dos rios da região. Vale 
lembrar que o rio Amazonas 
é navegável, inclusive por 
navios de grande porte, até a cidade de Iquitos, no Peru. 
  

A maioria das famílias fugidas deve ter levado consigo artefatos, objetos domésticos, símbolos religiosos e até ídolos, retratados em peças de cerâmica madeira ou até em ouro. As ilustrações que apresento neste artigo e no artigo da semana passada, nos dão conta de imagens antropomorfas e de animais estilizados, principalmente 
condores, pássaro só encontrado nos Andes. Longe 
de pretender ser o dono da verdade, submeto estas minhas anotações e ideias aos doutos no assunto, apenas esperando ter colaborado para a explicação da presença dos Incas na Amazônia Paraense.





Continua na próxima postagem...

Um excelente final de semana a todos, obrigado pelas visitas.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe



sexta-feira, 1 de setembro de 2023

- INDÍCIOS DE INCAS NA AMAZÔNIA PARAENSE - introdução -


                           Publicada originalmente em 15.12.2017, neste mesmo espaço.

Numa das últimas viagens que fiz a Amazônia, no mês de março passado, conheci um companheiro de viagem a bordo no navio que me levou de volta à Belém. Ao final do primeiro dia já havia uma certa empatia no nosso relacionamento, fruto das longas conversas sobre assuntos diversos, por nós mantidas durante a viagem, até então. Possuidor de razoável conhecimento geral, tinha uma fácil conversa sobre os mais variados assuntos, até que, em determinado momento, revelou-me que comprara de um certo caboclo da região, algumas " caretas de índio ", termo usado pelos ribeirinhos para designar fragmentos de artesanato, principalmente cerâmicos, muito comuns na região, elaborado por silvícolas outrora  radicados no denominado Baixo Amazonas. Claro que mostrei-me vivamente interessado. Em resposta à pergunta que lhe fiz - se poderia ver tais fragmentos - ele prontamente buscou em uma sacola que se encontrava debaixo da rede onde dormia, um pacote cuidadosamente protegido por pedaços de isopor. Fiquei realmente deslumbrado  ao ver tais objetos. Tratava-se de partes de vasos e outros objetos artesanais que me trouxeram ao pensamento, instantaneamente, a arte INCA há muito vista e estudada nos livros de história. Mas ,como seria possível?! Os INCAS estavam 
radicados lá na Cordilheira dos Andes, a cerca de 3000 km do local onde o meu amigo comprara as peças. Seu vasto império se espalhava desde o sul da Colômbia até  a parte central do Chile, porém, sempre às proximidades da cordilheira. Para não despertar a curiosidade do companheiro de viagem, detentor das relíquias, mantive-me mais ou menos calmo, sem demonstrar nenhuma ansiedade, até que consegui a permissão para fotografar algumas daquelas peças... No dia seguinte, logo após o café da manhã, procurei novamente me aproximar do dono das peças. Meu objetivo era saber a exata localização do sítio arqueológico. Nada consegui, pois me foi dada a explicação que tudo aquilo era sigiloso e o tal caboclo que vendera o achado, se negara terminantemente a revelar o lugar de origem: alguém o havia advertido que, se uma entidade ligada ao assunto - tipo o Museu Emílio Goeldi, de Belém - soubesse da exata localização do sítio e esse lugar fosse próximo a sua casa, ele seria deslocado imediatamente 
para outro local. Disse apenas que não foi preciso nenhuma escavação porque o rio, ao provocar o fenômeno denominado " terras caídas ", acabara por revelar aquelas peças e ele só teve o trabalho de coletá-las. É possível que o rio já tivesse levado boa parte dos objetos pois ele, apenas por acaso, passando de canoa pelo local, vira alguns objetos na margem, a uma profundidade que variava de cerca de 80 cm a 8 m. abaixo da superfície do solo. Durante o resto da viagem, 
comecei a elaborar mentalmente uma teoria que poderia explicar a possível presença de membros do Império Inca em local tão distante dos Andes. Tal teoria será assunto das próximas postagens...


Continua na próxima sexta-feira....

Bom final de semana a todos os amigos e visitantes.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe