sexta-feira, 27 de agosto de 2021

- VIAGEM À BELÉM - III _






Em todas as viagens de carro que fiz ao PARÁ, jamais encontrei estradas esburacadas. A jornada é bem segura, pelo menos até passarmos pela cidade de Capanema. Dali em diante, o aumento de tráfego é substancial, exigindo do condutor maior concentração e um redobrar de cuidados, principalmente com as ultrapassagens perigosas e imprudentes de alguns motoristas irresponsáveis e inconsequentes. Até Castanhal, já à cerca de sessenta quilômetros de BELÉM, a rodovia é de pista única e, em alguns pontos, com acostamentos sofríveis. Paramos ali para novo abastecimento e rumamos, ansiosos pela chegada, para nosso destino final: BELÉM!
A BR-316 é duplicada neste trecho; contudo, ao chegarmos à Maritubacomeçamos a sentir, pela lentidão do trânsito, que encontraríamos muita dificuldades dali em diante. Nada mais correto! Levamos pelo menos 2 horas para percorrer a distância entre Marituba e nosso destino final, em Ananindeua, cidade industrial na região metropolitana de BELÉM!
Ao atingirmos o Viaduto do Coqueiro ( " Fodão " para os íntimos, pois a avenida que começa nele, no sentido Cidade Nova, é repleta de motéis ), podemos finalmente respirar aliviados, pois significa que nosso destino - o Condomínio fechado Villa Calábria - está apenas a poucos metros!!! Quanta alegria sincera na recepção dos nossos sobrinhos ANDRÉ/CLÉO e da minha querida irmã CLEIDE que lá  também estava para nos receber, embora muita coisa tivesse pra fazer na administração de sua firma. A algazarra provocada pelo feliz
 reencontro, chamou a atenção dos vizinhos que logo acorreram para nos abraçar, desejando boas vindas: os vizinhos do lado direito, meu querido irmão CLENALDO e sua esposa RENEUDE e os vizinhos da frente, nossos queridos e felizes amigos ( ela completamente grávida do primeiro filho do casal ), HAROLDO e ALICE. Os outros ainda não haviam chegado, afinal estávamos em plena quarta-feira, dia 03/10/2012, e todos estavam trabalhando... Meu irmão está aposentado e, como eu, aproveitando tudo o que a vida oferece de bom. Acabara de chegar de uma viagem à Paragominas, onde passou alguns dias na fazenda de um amigo - pois para isso trabalhamos, ele por 37 anos e eu por 45, merecendo cada momento de lazer que nos proporcionamos.
O casal ALICE/HAROLDO, tem horários diferenciados - ele trabalha cumprindo plantões e ela é funcionária concursada da Prefeitura de Ananindeuatrabalhando pelas manhãs, além de advogada. Após esta recepção calorosa, tomamos um banho reconfortante, trocamos presentes e ficamos " colocando
o papo em dia "- infelizmente sem a presença do ANDRÉ, que se ausentara para atender a uma das firmas a que presta assessoria ecológica - até a hora do jantar.
Nada de dormir cedo, pois o ritual de boas-vindas continuou,
agora  protagonizado pelos outros vizinhos e amigos, destacando-se o
casal LUCIENE/GERALDO, que já nos deu a honra e o prazer de
recebê-los em nossa casa de Guarajuba, na BAHIA. Depois dessa
verdadeira festa, recolhemo-nos aos nossos aposentos para um merecido repouso não sem antes atender aos inúmeros telefonemas dos parentes e amigos, felizes pela nossa chegada. A festa estava apenas começando...



Continua na próxima postagem.... 

A todos um excelente final de semana.
Abraço do amigo

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

- VIAGEM À BELÉM - II -

 




Como programado, saímos de CAXIAS às cinco horas do dia 03/10/2012, rumo à BELÉMViagem tranquila e rápida até Bacabal, ainda no MARANHÃO, onde paramos para tomar café em um hotel que também conta com um posto de abastecimento de combustível. Enquanto os companheiros de viagem rumavam para o refeitório, aproveitei para abastecer o veículo. Algumas fotos, lá fomos nós estrada afora. De BACABAL à BELÉM, são cerca de seiscentos quilômetros, o que nos permite mais condições para
diminuir a velocidade e aproveitar a viagem, desfrutando as visões deslumbrantes que nos proporciona esta ante sala da Região Amazônia. A diferença de paisagem é brutal! Na parte da Região Nordeste, que se estende da BAHIA até o sul do MARANHÃO, a vegetação é ressequida e de cor marrom com raros pontos de verde quebrando a monotonia; os rios apresentam em seus leitos, em lugar de água, pedras de todos os tamanhos; o vento que penetra no carro
quando abrimos as janelas, é quente e seco; o sol, sempre presente, nos queima a pele de modo contínuo. Para evitar tudo isto, geralmente temos que fechar as janelas, colocando uma toalha presa aos vidros para nos proteger do sol, e ligar o ar refrigerado. Aqui, no começo da Amazônia, tudo muda: vegetação verdinha; árvores cada vez mais altas; rios sempre  com água ( e muita! ). -  Não poucas vezes o rio Mearim, por exemplo, que corta a cidade de BACABALtransborda, desalojando os moradores de suas margens.
- Lembro-me também de uma vez que, voltando de BELÉM, deparei com um local onde as águas violentas haviam levado em sua fúria parte considerável da estrada, o que me obrigou a voltar e continuar a viagem por uma via estadual, aumentando o percurso em 150 km. - O vento, menos quente e seco, mercê do aumento da umidade relativa do ar e, principalmente a ausência de animais na pista - os raros encontrados, estão amarrados à margem da rodovia pastando tranquilamente - não oferecem perigo algum aos viajantes.
E as cidades e vilarejos se sucedem até que, ao passarmos por ZÉ DOCAcomeçamos a encontrar buracos, muitos buracos, de todos os tamanhos, formatos e profundidade, como para nos demonstrar que não é privilégio baiano a existência dessas excrecências. Quantos impostos pagamos - inclusive um cobrado no valor dos combustíveis, especialmente para a conservação das rodovias - e não temos o devido retorno em serviços!
Esta buraqueira perigosa se estende até a divisa MA/PA, no município de MARACAÇUMÉ (MA). Resolvidos a chegar à BELÉM já tendo almoçado ( embora os sobrinhos ANDRÉ e CLÉO tivessem assegurado que estariam nos esperando para o almoço ), paramos em um posto de boa aparência, ainda no MARANHÃO e, após examinar e aprovar qualidade da comida exposta à maneira self service, sentamo-nos para comer. Em seguida, poucos quilômetros
depois, finalmente entramos no PARÁ, ao atingirmos a metade da ponte sobre o Rio Gurupi, fronteira PA/MA! Mais uma mudança radical, desta vez para bem melhor: a estrada, no trecho paraense, é um tapete! Impecável!!!...


Entrando no Pará... E lá vem a chuva......
 
 


Continua na próxima postagem...
 
Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,
 
Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

VIAGEM À BELÉM - I -




- viagem de 03/10/2012 -

A viagem de carro que acabo de empreender à BELÉM, certamente foi a última que fiz utilizando tal veículo. Não tem sentido submeter-me à pressões brutais físicas e principalmente psicológicas, ocasionadas por tal empreendimento.
Acostumado, embora, a tais viagens, já que esta última foi a décima segunda, não justifica tal sacrifício, levando-se em conta que acabo de tomar conhecimento da existência de um voo direto SSA/BEL/SSA, disponibilizado por uma companhia aérea, com a duração, em cada trecho, de apenas duas horas e meia!
Ora, além da enorme diferença de tempo, há de ser considerada a brutal redução dos riscos enfrentados, quando a viajem é aérea. Saí de SSA às quatro horas e trinta e cinco minutos do dia dois de outubro de 2012, acompanhado por minha ex-mulher SANDRA, seu irmão CARLOS TADEU e minha irmã CLEISY. Embora sob protestos veementes de meus acompanhantes, não costumo parar nesse
tipo de viagem senão para abastecimento do veículo, servindo esta parada obrigatória para todos atenderem às eventuais necessidades fisiológicas. Para tal mister, costumo levar sanduiches, salgadinhos, sucos, refrigerantes e água. Quando sentimos fome ou sede, servimo-nos em pleno andamento da viagem, o que economiza enormemente o tempo. Assim é que chegamos à cidade de CAXIAS ( que injustiça com o seu ilustre filho Gonçalves Dias!... ), no MARANHÃO, às
sete horas da noite, depois de percorrermos justos mil e cem quilômetros! Até este ponto da viagem, passamos por inúmeras cidades e povoados, destacando-se: Feira de Santana, Tanquinho, Riachão do Jacuípe, Capim Grosso, Senhor do Bonfim e Juazeiro, no estado da BAHIA; PetrolinaAfrânio em PERNAMBUCO; Picos e Teresina no PIAUÍ e, ao atravessar a ponte sobre o rio Parnaíba, já no Maranhão, a cidade de Timon, distante apenas setenta km de Caxias. À guisa de orientação aos que pretendem viajar
utilizando esta rota, adianto que, infelizmente, apenas nas proximidades de Riachão do Jacuípe, na BAHIA, é que caímos num buraco enorme que me fez quase perder o controle da direção! Não fosse meu carro um veículo de alta qualidade, a suspensão teria ficado na estrada, tal a brutalidade do choque!
Afora este incidente, a viagem transcorreu com muita tranquilidade, apenas  tendo cuidado com animais na pista ( principalmente caprinos e o tão famoso jegue ), nas estradas impecáveis de Pernambuco e do Piauí. Vale também chamar atenção para os inúmeros " quebra-molas " irregulares e ilegais - muitos sem sequer sinalização adequada - existentes principalmente nos trechos onde cidades e/ou povoados e, no estado do Maranhão, entre as cidades de Timon e Caxias. Hospedamo-nos, em Caxias, no HOTEL ALECRIM, sem
nenhuma estrela, embora razoavelmente confortável e com uma pequena piscina em seu pátio interno, próxima a um serviço de bar onde se pode saborear uma cerveja bem gelada. Rodamos - apenas eu dirigindo - durante aproximadamente 15 horas neste primeiro dia de viagem. Fomos para nossos aposentos descansar, depois de algumas
" geladas ", não sem antes deixarmos estabelecida a hora da saída no dia seguinte: seria às cinco...



Continua na próxima postagem......

Desejo a todos os meus amigos e visitantes.
Um grande abraço do amigo,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

MITOS SOBRE A NATUREZA - final.



Os cisnes cantam antes de morrer.


Deve-se a poetas e filósofos esta crença largamente difundida, atribuída a um animal habitualmente desprovido de voz. Os antigos gregos consideravam os cisnes animais de Apolo, o deus da música. Segundo Sócrates, no Fedon, de Platão, os cisnes cantam
" não por tristeza ou aflição, mas porque são inspirados por Apolo ". Shakespeare refere-se ao " canto do cisne " nas suas peças e poemas; a imagem é também usada por Lord Byron em Don Juan e por outros autores. Na realidade o cisne apenas emite um assobio nada
musical quando irritado ou quando lhes ameaçam as crias, usualmente para preparar-se para o ataque.


O porco-espinho pode disparar os seus espinhos.

Os espinhos do ouriço-cacheiro e do porco-espinho, são uma excelente arma de dissuasão para os eventuais predadores. Quando ouriçados, emprestam uma aparência bem desagradável e ameaçadora mas não podem ser " atirados ", pois não possuem nenhum
músculo que lhes propicie qualquer impulso. Os espinhos são facilmente retirados quando tocados por qualquer predador, pois possuem farpas como a dos anzóis.



Bom final de semana a todos.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ON
G Ande & Limpe