sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - final -


                                                                Colin Renfrew

O arqueólogo Colin Renfrew, da Universidade de Southampton, na Inglaterradeclarou que alguns dos grandes megálitos - monumentos pré-históricos - encontrados no noroeste da França e na Espanha, são bem mais antigos do que as pirâmides do EgitoUtilizando o novo sistema de datas, ventilou-se também a hipótese de que processos importantes e progressivos na construção e na engenharia, bem como o uso de metais, terem sido originários da Europa e não do Oriente, como até então se supunha. Sugere-se que os povos primitivos da 
Europa não eram menos criativos do que as civilizações avançadas de outros continentes o que, segundo Renfrew, implica em reescrever, numa perspectiva diferente, todos os textos relativos à pré-história. Os pinheiros citados revelaram-se ainda úteis em outros campos, pois contribuem também para o estudo de aspectos ainda mais complexos e fundamentais da ciência e do conhecimento humano.
Um geofísico checoslovaco utilizou amostras da madeira destes pinheiros para estudar suspeitas variações no magnetismo terrestre. Na Universidade da Califórnia, um cientista tem utilizado a árvore para auxiliar na verificação dos efeitos ocasionados pelos experimentos com bombas nucleares.
Os pinheiros são utilizados também na determinação dos índices de poluição atmosférica causada pelas indústrias e pelo tráfego de veículos na costa pacífica americana. Assim, uma árvore cujo tempo de vida excede o período do desenvolvimento da civilização moderna, permite ao homem um conhecimento mais profundo e preciso do seu passado, do seu presente e, indiretamente, do seu futuro.
Ao final, volto a lembrar aos mais resistentes, recalcitrantes, rudes  e que têm dificuldade de entender as coisas mais simples, que o nome certo e cientificamente provado por sua origem, é CASTANHA DO PARÁ!!!



Um ótimo final de semana a todos.
Grande abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - II -



...Estes pinheiros 
são verdadeiros 
computadores 
orgânicos que registram automaticamente 
todas as alterações 
nas condições 
de vida no planeta. 
Paradoxalmente, 
os mais antigos 
pinheiros da espécie 
Pinus Aristata
vivem nas condições 
mais improváveis: 
2.850 m acima do 
nível do mar, terra 
rochosa e escarpada 
com escassa camada 
de terra e índice 
pluviométrico
baixíssimo. 
Curiosamente, em 
condições climáticas 
e geológicas mais amenas, os pinheiros desta espécie crescem mais 
rapidamente, morrem mais cedo e apodrecem com maior brevidade.
Estes antigos pinheiros contribuíram muito para determinar algumas mudanças importantes nos conceitos até então tidos como corretos da nossa pré-história.
Leituras feitas pelo método de datação pelo carbono radioativo dos anéis anuais dessas árvores, revelaram erros nos sistemas utilizados para datar descobertas arqueológicas.




Resumidamente, o sistema de datação pelo carbono radioativo, consiste na medição das quantidade de carbono 14 que permanece em um fóssil e, através do cálculo da quantidade da perda de carbono, é determinada a idade deste mesmo fóssil. Este sistema, porém, baseava-se na suposição de que o carbono na atmosfera, causado pelo bombardeamento radioativo, permaneceria constante.
O exame dos pinheiros revelou flutuações importantes na quantidade de carbono atmosférico, criando assim discrepâncias neste sistema. Criou-se então um novo sistema de cálculo das datas, baseado na quantidade de carbono 14 daqueles pinheiros, o que determinou o fim das discrepâncias que variavam até a absurda diferença de 1.000 anos! Através deste método foram revistas e corrigidas uma série de datas históricas.
Com isto, muitas teorias deixaram de ter importância pois, apesar de 
sustentadas milenarmente pela tradição da cultura humana, mostraram-se totalmente falsas...



Continua na próxima postagem......

Um final de semana excelente a todos os amigos e visitantes.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - I -



                                                                 Pinus Aristata

Ainda há poucas semanas, em artigo publicado neste espaço, manifestei minha indignação com a Rede Globo a propósito de reportagens burras que insistiam em declarar que o termo consagrado mundialmente desde tempos imemoriais, Castanha do Pará ", não deveria existir por tal espécie vegetal ser encontrada em regiões da Amazônia ocidental. Está provado por estudos científicos 
publicados nos anais da National Geographic, que todas as castanheiras encontradas fora do nordeste do Pará, de onde são originárias, são verdadeiros clones das árvores originais e foram levadas para outras partes da Amazônia por habitantes que se deslocavam regularmente pela região, há milênios. As provas científicas baseadas em estudos de vegetais são responsáveis por 
grande parte da elucidação e explicação de fatos históricos. Um exemplo é uma árvore chamada " Matusalém ". Trata-se de um pinheiro de copa rasa Pinus Aristata ) que cresceu a 2.700 m de altitude nas montanhas Brancasno estado da Califórnia.  Ele é resultante de uma semente ali lançada mais de 1.600 anos antes da construção das pirâmides do Egito! Está ainda bem viva e poderá continuar assim por mais 800 anos. Em 1964 foi derrubado para estudos científicos, um outro pinheiro que, estudado, demonstrou ter 4.900 camadas anuais no lenho. Foi determinado pelos cientistas que uma árvore dessas pode viver por mais de 5.500 anos.
No laboratório de dendrocronologia 
da Universidade do Arizona
cientistas organizaram um calendário 
baseado nos anéis do Pinus Aristata 
e dos restos antigos  desta espécie
 arbórea, identificando assim 
especificamente cada ano anterior a 
6.300 a.C. Examinaram, também, 
restos desses vegetais encontrados 
no monte Washington, na parte 
oriental do estado de Nevada. Tais 
exames, levados a efeito nas células 
danificadas, levaram a concluir quais 
as condições climatológicas em 
épocas passadas, tal como as caprichosas ondas de frio nos verões de 1453 e 1601

Procedeu-se, também, ao exame de grãos de pólen recolhidos nas sucessivas camadas de crescimento, o que permitiu comparar um quadro da vida da planta de 1.300 a.C. com o de 350 d.C.  


Continua na próxima postagem......  
A todos um excelente final de semana.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

- PETRÓLEO, A DESCOBERTA DA FORTUNA - final -


Edwin Drake

Inevitavelmente surgiram as fases seguintes na cadeia de produção. 
Experiências exitosas foram feitas por alguns fabricantes usando produtos originários de pântanos de infiltrações, com o objetivo de ultrapassarem uma das fases de produção de Young. Assim, foram criadas as condições para Edwin Drake iniciar as perfurações destinadas a produzir petróleo natural.
Drake foi um homem afortunado, pois o aparecimento do petróleo, onde quer que ele se encontre, depende apenas de uma série de acidentes geológicos arbitrários. Ele é resultante, segundo se crê, dos restos decompostos de incontáveis bilhões de plantas e pequenos animais aquáticos que ao longo das eras, foram esmagados pelo peso das rochas até se transformarem em petróleo. As grandes reservas de petróleo são encontradas apenas em latitudes tropicais. A deriva continental, é responsável pelos depósitos do Alaska, sob o Mar do Norte, e de outros locais afastados dos trópicos, levando-os até onde 
atualmente se encontram. O petróleo só se concentra no interior da terra quando sobre ele existe uma perfeita vedação de rocha que o impede de irromper até à superfície, permitindo assim, a formação dos reservatórios que os prospectores procuram. Porém, mesmo os instrumentos mais sofisticados hoje disponíveis, não garantem a existência de petróleo no local da sondagem. Houve uma época em que eram necessários vários dias para se conter o enorme jato de petróleo expelido do poço recém perfurado, pelo gás natural comprimido. Em 1901, por exemplo, um jato de petróleo no estado americano do Texas, fez desperdiçar incríveis 135 milhões de litros do 
produto, sendo verificado posteriormente que esta quantidade equivalia à metade da reserva ali descoberta. As modernas técnicas de exploração já eliminaram por completo este risco. Porém, por mais que se evite o menor desperdício de petróleo, temos consciência de que a quantidade dessa riqueza é limitada. Foram necessários milhões de anos para se criarem os depósitos de petróleo, porém, decorridos pouco mais de 150 anos da descoberta de Edwin Drake, estima-se que já foi gasto mais de um terço dos recursos petrolíferos conhecidos no mundo. Não é provável que a oferta satisfaça a procura por mais 150 anos, por maiores que sejam as reservas extraídas do fundo do mar.
Felizmente, o gênio criativo do homem já descobriu outras alternativas de energia, inclusive com imensas vantagens anti-poluentes, como a energia elétrica, a eólica ( gerada pelo vento ) e a fotovoltaica ( gerada pelos raios solares ), já amplamente utilizadas.



Bom final de semana a todos e obrigado pelas visitas.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

- PETRÓLEO - A DESCOBERTA DA FORTUNA - II -


Embora a exploração comercial do petróleo, um dos mais valiosos e cômodos recursos naturais do nosso mundo, seja um fenômeno moderno, seu uso é conhecido há milhares de anos. Argamassas para construção e para fixar joias feitas com este recurso natural, já eram usadas pelos Assírios, BabilôniosSumérios, no ano 3000 a.C. O betume formava-se quando o petróleo bruto se infiltrava e emergia à superfície ficando exposto ao sol.. Segundo a história, o povo judeu, em seu êxodo, " foi guiado por um pilar de fumo durante o dia e por 
um pilar de fogo durante a noite ".  Isto é uma descrição perfeita do que ocorre quando uma coluna de petróleo se incendeia.
Bem mais tarde os persas e árabes colhiam o próprio petróleo e o usavam não só para a iluminação como para limpar a seda. Por volta dos anos 300, o petróleo era usado pelos chineses que o descobriram acidentalmente quando escavavam minas de sal em campos petrolíferos. Tanto os chineses quanto os índios americanos usavam o petróleo como medicamento.
No ano de 1272 o viajante veneziano Marco Polo descreveu fontes de petróleo na península de Baku, no Mar Cáspio, onde há 2000 anos se realizava um culto ao fogo em volta dos " fogos eternos ", assim chamadas umas colunas de petróleo que ardiam dia e noite. Porém somente no século XIX se descobriu e compreendeu o verdadeiro potencial desta riqueza mineral.
Foi em 1850 que o químico industrial escocês James Young registrou a patente para o fabrico do petróleo bruto a partir da hulha betuminosa e xistos e refinou este petróleo em parafina. A técnica demonstrou ser tão eficaz e o produto resultante tão superior ao óleo de baleia, que rapidamente se construíram fábricas perto de minas de carvão na Inglaterra e em outros países pelo mundo em fora...




Continua na próxima postagem...

Desejo a todos um excelente final de semana.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe