Pinus Aristata
Ainda há poucas semanas, em artigo publicado neste espaço, manifestei minha indignação com a Rede Globo a propósito de reportagens burras que insistiam em declarar que o termo consagrado mundialmente desde tempos imemoriais, " Castanha do Pará ", não deveria existir por tal espécie vegetal ser encontrada em regiões da Amazônia ocidental. Está provado por estudos científicos
publicados nos anais da National Geographic, que todas as castanheiras encontradas fora do nordeste do Pará, de onde são originárias, são verdadeiros clones das árvores originais e foram levadas para outras partes da Amazônia por habitantes que se deslocavam regularmente pela região, há milênios. As provas científicas baseadas em estudos de vegetais são responsáveis por
grande parte da elucidação e explicação de fatos históricos. Um exemplo é uma árvore chamada " Matusalém ". Trata-se de um pinheiro de copa rasa ( Pinus Aristata ) que cresceu a 2.700 m de altitude nas montanhas Brancas, no estado da Califórnia. Ele é resultante de uma semente ali lançada mais de 1.600 anos antes da construção das pirâmides do Egito! Está ainda bem viva e poderá continuar assim por mais 800 anos. Em 1964 foi derrubado para estudos científicos, um outro pinheiro que, estudado, demonstrou ter 4.900 camadas anuais no lenho. Foi determinado pelos cientistas que uma árvore dessas pode viver por mais de 5.500 anos.
No laboratório de dendrocronologia
da Universidade do Arizona,
cientistas organizaram um calendário
baseado nos anéis do Pinus Aristata
e dos restos antigos desta espécie
arbórea, identificando assim
especificamente cada ano anterior a
6.300 a.C. Examinaram, também,
restos desses vegetais encontrados
no monte Washington, na parte
oriental do estado de Nevada. Tais
exames, levados a efeito nas células
danificadas, levaram a concluir quais
as condições climatológicas em
épocas passadas, tal como as caprichosas ondas de frio nos verões de 1453 e 1601.
Procedeu-se, também, ao exame de grãos de pólen recolhidos nas sucessivas camadas de crescimento, o que permitiu comparar um quadro da vida da planta de 1.300 a.C. com o de 350 d.C.
Continua na próxima postagem......
A todos um excelente final de semana.
Abraço,
Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe
Abraço,
Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe
Nenhum comentário:
Postar um comentário