sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

- SERES VIVOS MILENÁRIOS - I -



                                                                 Pinus Aristata

Ainda há poucas semanas, em artigo publicado neste espaço, manifestei minha indignação com a Rede Globo a propósito de reportagens burras que insistiam em declarar que o termo consagrado mundialmente desde tempos imemoriais, Castanha do Pará ", não deveria existir por tal espécie vegetal ser encontrada em regiões da Amazônia ocidental. Está provado por estudos científicos 
publicados nos anais da National Geographic, que todas as castanheiras encontradas fora do nordeste do Pará, de onde são originárias, são verdadeiros clones das árvores originais e foram levadas para outras partes da Amazônia por habitantes que se deslocavam regularmente pela região, há milênios. As provas científicas baseadas em estudos de vegetais são responsáveis por 
grande parte da elucidação e explicação de fatos históricos. Um exemplo é uma árvore chamada " Matusalém ". Trata-se de um pinheiro de copa rasa Pinus Aristata ) que cresceu a 2.700 m de altitude nas montanhas Brancasno estado da Califórnia.  Ele é resultante de uma semente ali lançada mais de 1.600 anos antes da construção das pirâmides do Egito! Está ainda bem viva e poderá continuar assim por mais 800 anos. Em 1964 foi derrubado para estudos científicos, um outro pinheiro que, estudado, demonstrou ter 4.900 camadas anuais no lenho. Foi determinado pelos cientistas que uma árvore dessas pode viver por mais de 5.500 anos.
No laboratório de dendrocronologia 
da Universidade do Arizona
cientistas organizaram um calendário 
baseado nos anéis do Pinus Aristata 
e dos restos antigos  desta espécie
 arbórea, identificando assim 
especificamente cada ano anterior a 
6.300 a.C. Examinaram, também, 
restos desses vegetais encontrados 
no monte Washington, na parte 
oriental do estado de Nevada. Tais 
exames, levados a efeito nas células 
danificadas, levaram a concluir quais 
as condições climatológicas em 
épocas passadas, tal como as caprichosas ondas de frio nos verões de 1453 e 1601

Procedeu-se, também, ao exame de grãos de pólen recolhidos nas sucessivas camadas de crescimento, o que permitiu comparar um quadro da vida da planta de 1.300 a.C. com o de 350 d.C.  


Continua na próxima postagem......  
A todos um excelente final de semana.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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