sexta-feira, 23 de outubro de 2020

14 - DESASTRE AÉREO - VII -





Há de se destacar que, ao retornar ao local do desastre, verifiquei que tivemos muita sorte em bater com a asa esquerda na cerca da fazenda  É que esta batida, não apenas provocou o " cavalo de pau", mas, e principalmente, inibiu a velocidade de inércia do avião, evitando com isto o choque com as laterais de um pontilhão existente naquele local a rodovia, o que certamente provocaria a sua explosão. Depois de conversar com os policiais que, por não haver vitimas, limitaram-se a isolar a área em torno da aeronave, preservando tudo intacto para aguardar os peritos da Aeronáutica, comuniquei a eles e aos pilotos que iria para Salvador no mesmo táxi que me trouxera de Amargosa. Os peritos da Aeronáutica já haviam sido alertados pelas autoridades locais. A torre de controle do aeroporto de Salvador, por sua vez, havia comunicado ao DAC ( Departamento de Aviação Civil ), que o CZN não havia cumprido o plano de voo  reportado quando da decolagem do aeroporto de Bom Jesus da Lapa e nem respondia aos  insistentes chamados dos controladores que haviam perdido contato. Minha família já havia também sido comunicada do desaparecimento da aeronave. Não havia celular à época e a agonia de meus familiares durou até minha passagem por Feira de Santana onde, finalmente parei para ligar para minha mulher, que chorou copiosamente - creio que de alivio - ao telefone.
Tudo o que aconteceu daí pra frente, à exceção da venda do CZN
- praticamente como sucata - para uma firma de Belo Horizonte, me foi informado pelo processo aberto pra apurar as causas do acidente. Pasmem os senhores leitores: " PANE SECA " foi a conclusão das investigações!!!
 Há muitas explicações para dar a vocês que leem este relato resumido. Elas serão dadas no livro que estou escrevendo e que será publicado, penso eu, no ano de 2021.

Continua na próxima postagem......

Um ótimo final de semana a todos. Grande
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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