sexta-feira, 9 de outubro de 2020

12 - DESASTRE AÉREO - V -


Asa esquerda quebrada em consequência do choque com a cerca



Assim, tomamos a decisão de pousar na rodovia. Tudo teria saído mais ou menos bem, não fosse o fato - só descoberto ao nos aproximarmos do solo - de que as laterais da estrada, naquele local, em vez de acostamento, tinham uma barreira de cada lado, bem mais altas do que as asas do Piper!!! A essa altura, nada mais poderia ser feito, além da tentativa do pouso. Para completar os agravantes, na ânsia de nos sairmos bem, os pilotos haviam esquecido de baixar o trem de pouso. Tal procedimento somente foi executado e manualmente, depois que luzes vermelhas piscantes e " bips" insistentes provenientes do painel, os alertou para esta falha. No último momento, o procedimento de baixar o trem de pouso foi finalizado. De imediato a aeronave tocou o solo e o conjunto da roda dianteira do trem de pouso se partiu com o choque !


O avião pairou no ar sobre a
lateral alta da rodovia, bateu
com a ponta da asa esquerda
em uns morões da cerca da
fazenda, rodopiou no ar e
caiu estreptosamente no leito da BA 046, com a frente virada para o lado de onde viera ( deu o famoso 
" cavalo de pau " ).
Imediatamente, o instinto de
conservação - que, ao contrário do que propagam por aí, tipo " minha vida toda passou em um átimo pela minha mente ", puro papo furado - que comanda, absoluto, todas as ações de alguém que se encontre em tal situação, fez com que eu, literalmente, passasse por cima do co-piloto ( que, aturdido, continuava sentado ), abrisse a porta e, saindo em desabalada carreira, me afastasse o máximo possível do avião, a meu juízo, prestes a explodir!...


Continua na próxima postagem.........

Excelente final de semana a todos.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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