sexta-feira, 16 de outubro de 2020

13 - DESASTRE AÉREO - VI -




Ao me afastar, correndo, da aeronave com medo de uma explosão, não havia sequer notado os hematomas e nem sentido as dores provenientes dos quadris e da parte baixa do abdome,  consequência da pressão brutal exercida pelo cinto de segurança que cumprira com eficiência a sua finalidade... Já suficientemente distante e com o restabelecimento pleno da razão, parei, voltei-me, pra verificar se os outros dois já haviam saído e só então voltei para ver se havia alguém ferido. Apenas o M. sofrera um pequeno corte na mão direita, proveniente dos cacos de uma garrafa de água mineral que sempre me acompanha e que se quebrara por ocasião do choque. Constatado o estado de normalidade dos dois, parei o primeiro veículo a passar pelo local
( cerca de 15/20 minutos depois ), e fui para o hospital de Amargosa, cidade para onde se dirigia o motorista. A esta altura,  a dor sentida na região do baixo ventre, me levou a ter sérias suspeitas de que poderia ter sido vitima de graves danos internos, principalmente relacionados à bexiga. Prontamente atendido pelo médico de plantão, fui orientado a me dirigir ao banheiro para urinar, verificando se na urina havia algum vestígio de sangue. Pra meu alivio, nada notei de anormal e o médico, após exame geral, constatou apenas hematomas de grande intensidade nas partes laterais dos quadris, me dizendo que nada havia de mais relevante e me tranquilizando quanto ao meu estado geral: o próprio organismo se encarregaria de dissolver os hematomas, com o
tempo, concluiu. Retornei, então, agora de táxi, para o local do 
" pouso ", já encontrando, na minha chegada, uma viatura da Polícia Civil com dois policiais que foram alertados por alguém que vira o avião em voo silencioso e rasante, deduzindo haver algo de anormal.

Continua na próxima postagem.....

Bom final de semana a todos.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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