sexta-feira, 8 de julho de 2022

INCRÍVEL QUEDA DO VARIG 254 - final -

                                        O POR DO SOL VISTO PELOS TRIPULANTES

Sempre repito - e quem me conhece pode  confirmar - que AVIÃO NÃO CAI; É DERRUBADO! As quedas são sempre ocasionadas por negligência, principalmente na manutenção indicada pelos fabricantes, por inabilidade, imprudência ou teimosia da tripulação, por ataques terroristas, por suicídio de Comandante ou Copiloto, e por outros motivos que tais. Mesmo na inadmissível " pane seca ", quando os motores param de funcionar por falta de combustível, o avião não cai; ele plana e o Piloto tem que escolher um lugar para o pouso, mantendo a sustentação da aeronave utilizando a força da gravidade. Mas, " voltando à vaca fria ", vamos prosseguir com a narrativa do caso em foco...
 Os elos da corrente que acarretou o final trágico daquele voo começaram a se fechar, quando os instrumentos rudimentares daquela época foram alimentados erroneamente com o rumo 270. 

Eliminaram, como sempre faziam, o 0 - zero - a esquerda, quando, neste caso, o 0 - zero - a ser eliminado seria o da direita, aparecendo, então, o rumo certo do caminho até Val-de-Cães, que era o 027. Ora, qualquer criança do curso primário sabe que, se a bússola tem 360 graus , o rumo 270 só pode indicar o Oeste  ( 360 dividido por 4, igual a 90, rumo Leste ); 270 é igual a três vezes 90 ou seja, o oposto deste ponto, exatamente a indicação do Oeste na bússola ! Já neste momento,  o tripulante que alimentou os instrumentos com a informação do rumo 270, deveria ter se tocado ou pelo menos ter achado estranha tal informação, já que, acostumado a fazer a rota Marabá Belém, tinha consciência de que Belém se localiza a Nordeste de Marabá, exatamente no rumo 027! É evidente que, ao viajarmos no rumo Norte, partindo de um lugar ao Sul, à tarde, aqui no nosso país, o sol só poderá estar à nossa esquerda! Mas vamos esquecer este fato e imaginar que, ao sintonizar algumas estações de rádio da capital paraense, os tripulantes na cabine se tivessem distraído por alguns minutos, com a transmissão que as emissoras então faziam do jogo no Maracanã, envolvendo as seleções de futebol do Brasil e do Chile... Ainda assim, sabendo que Belém está a apenas 187 milhas náuticas - mais ou menos 346 km - do aeroporto de Marabá, teriam que intuir, depois de uma hora de voo, que algo estava errado, uma vez que não conseguiam contato com os equipamentos indicativos dos dados de pouso em Belém e já estavam voando a mais tempo do que gastariam até seu destino - 40 minutos - se tudo estivesse dentro da normalidade. O mais espantoso e inacreditável, porém, é o seguinte fato: os tripulantes que estavam VENDO o deslocamento da aeronave com a proa mais ou menos em direção ao sol, ( rumo Sudoeste ), não terem a menor desconfiança de que um erro enorme e perfeitamente remediável àquela altura, estava sendo perpetrado! Perfeitamente remediável, porque o combustível ainda existentes nos tanques, era suficiente para mais de 3 horas de voo, o que, por exemplo, permitiria o retorno em segurança à Marabá. 

A foto que ilustra esta postagem, dá a exata noção daquilo que a tripulação na cabine  de comando estava VENDO naquele voo, com a vantagem de o horário coincidir com o por do sol...

Com 10 anos de serviço, o Comandante já deveria ter feito incontáveis vezes, aquela rota. Por que, a crença dogmática, quase fanática, nos instrumentos do painel, se a racionalidade indicava que tais instrumentos não mostravam a realidade!!!

Havia 54 pessoas, entre tripulantes e passageiros, no voo 254; apenas 41 sobreviveram, sendo que o Comandante Garcez estava entre os mortos...


Obrigado pela visita e bfs a todos.

Até a próxima sexta.

Clóvis de Guarajuba 

OMG Ande & Limpe


 

Nenhum comentário: