sexta-feira, 28 de maio de 2021

EM BUSCA DE AVENTURA - IV -




Durante a espera, andei conversando com alguns policiais. Me advertiram que eu havia passado por perigos mortais, viajando sozinho, em um veículo novo e cobiçado. Claro que procurei saber, em detalhes, do que eles estavam falando! Pra meu espanto, contaram-me que, naquela região, havia quadrilhas que simplesmente emparelhavam com os carros escolhidos - principalmente os novos e com valor razoável como era o meu - mandavam os condutores parar, os tiravam dos veículos, tudo sob o poder das armas - geralmente escopetas calibre 12 e até metralhadoras - , atiravam na cabeça das infelizes vítimas, jogavam seus corpos insepultos às margens da rodovia e levavam o carro, através de uma das incontáveis estradas vicinais, de terra batida, que passam pelas fazendas da região
 - nenhuma dessas estradas aparece em mapas oficiais - até a Bolívia, cerca de 50 a 70 km de distância daquele local, onde, um bandido brasileiro, pagava qualquer bagatela ( cerca de 4 mil reais, na moeda de hoje ), pelos carros roubados e levados até ele!
 Temendo qualquer problema na continuidade da viagem, é que tive a grande ideia: recorrer, por  intermédio de um telefonema, ao meu saudoso e querido amigo, Cel. João Araújo, na oportunidade Comandante da Polícia Militar da Bahia, que, para minha sorte, estivera há apenas uma semana numa reunião  em Cuiabá, com os comandantes das Polícias Militares de todo o Brasil. Contei-lhe toda a história. Preocupado, ele falou incontinente com o Comandante da PM do Mato Grosso.
 Embora liberado imediatamente,  por uma ordem direta e pessoal do comandante, desde Cuiabá, evidente que resolvi pernoitar na cidade. Na manhã seguinte, pra minha surpresa e satisfação,  fui escoltado por um carro da Polícia Militar, até um trecho onde não mais correria risco de er assaltado. Assim, cheguei à Vilhena, onde pernoitei, sem mais atribulações. Dia seguinte, cedinho como sempre, a última etapa da viagem...


Continua na próxima sexta....

Um ótimo final de semana a todos.
Abraço,


Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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