sexta-feira, 13 de novembro de 2020

17 - O CORAÇÃO E O MARCAPASSO - Introdução -




Sempre gostei dos esportes em geral. Me sai muito bem em todos os que pratiquei, principalmente no futebol e no espirobol (este último, pouquíssimo conhecido, consiste em enrolar a corda na qual se pendura uma bola de couro - do tipo daquelas que são usadas principalmente pelos boxeadores nos seus treinamentos - no topo de um mastro de cerca de 3,5 m de altura, dividindo-se os campos em dois ou em quatro, a depender do número de jogadores, por linhas traçadas no chão. Há necessidade de um preparo físico excepcional dos praticantes desse esporte. As regras são rígidas e o juiz deve
conhecê-las muito bem, para poder arbitrar a disputa. ( Se algum dos meus caros leitores se interessar pelas regras, mande-me seu e-mail que as enviarei com muito gosto).


No espirobol, eu era imbatível no Colégio do Carmo e no futebol, cheguei a treinar nos juvenis e aspirantes do meu querido Papão - o Paysandu - não prosseguindo na carreira por proibição expressa e definitiva de meus pais ( principalmente do meu querido
e saudoso pai ), pois, naquele tempo, jogador de futebol era 
" vagabundo ", assim como todo artista - principalmente do sexo feminino - era considerada prostituta ou em vias de sê-lo. ( como mudam os conceitos!..). Referindo-me, ainda, aos meus dotes como futebolista, vale  acrescentar que fui eleito PELOS COLEGAS, o melhor jogador de futebol do Carmoconsiderando todos os alunos, internos e externos. Por tal eleição, me foi outorgada
solenemente, uma medalha comemorativa, que, de tão bonita que era, levei-a, nas férias de fim de ano, para Oriximiná e, em um gesto de orgulho juvenil, coloquei-a no peito quando fui - como era de costume - jogar a " pelada " de todas as tardes, no campinho seletivo ( não era qualquer um que entrava !!!), da casa do Helvécio Guerreiro. A gozação - como era de se esperar - foi geral!!!... Aficionados, principalmente o Helvecinho o Lúcio e, eventualmente, o Edilberto, anfitriões, as disputas, levadas a sério, se tornavam emocionantes!... Meu querido amigo Sérgio ( hoje morando também em Salvador, onde é  professor aposentado da Universidade Federal da Bahia ), não era muito chegado ao esporte, limitando-se,  na maioria das vezes, a assistir os embates...

Continua na próxima postagem.......



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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