sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

- MIOLO DE PÃO - introdução -




 
.Sou um leitor compulsivo daqueles que, em viajem e não tendo levado nenhum livro na bagagem, ficam com as horas de lazer prejudicadas, até conseguirem algo para ler. Há ocasiões em que até uma revista ou um jornal antigos resolvem a questãoNa diversidade de assuntos
abordados nos livros em geral,
destacam-se de um lado aqueles que
tratam de temas infantis - embora agradem também adolescentes e adultos -a exemplo dos imortalizados pelo gênio
de Walt Disney. Do outro lado
há os temas eminentemente adultos a
exemplo da trilogia de grande sucesso
há alguns anos - Cinquenta Tons de CinzaCinquenta Tons Mais Escuros e
Cinquenta Tons de Liberdade, de
E.L.James -. Pairando no " limbo "
compreendido entre estes dois temas,
existe uma série de obras encantadoras,
entre as quais destacam-se, a meu juízo,
O Velho e o Mar, de Ernest HemingwayO pequeno Príncipe, de Antoine de Saint Exupery e algumas outras, às quais acrescento, sem nenhuma
sombra de dúvida, a obra de autoria
de Agildo Monteiro, Miolo de Pão.
Como faço todo ano, estava em Belém
para a festa do Círio de Nazaré, no
ano passado. Aos domingos, na Praça
da República, há uma feira de
artesanato muito concorrida, onde
se vende de tudo. Como é natural, há
algumas bancas que oferecem aos
transeuntes livros usados, numa espécie
de sebo a céu aberto. 
Enquanto minhas acompanhantes circulavam a procura
de algo interessante, fiquei - como faço sempre -, pesquisando títulos e lendo as " orelhas ", o que me proporciona momentos de puro prazer. Foi assim que descobri uma verdadeira joia. Fiquei tão entusiasmado com a singeleza do texto e com o tema abordado, que resolvi publicar sua íntegra aqui no meu Blog, contando para isto com a autorização entusiástica do seu autor, que conseguiu 
nesta obra, com rara felicidade, retratar a alma do povo paraense no
ambiente festivo e emocionante da maior festa do paraense: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Trata-se de Agildo Monteiro Cavalcante, advogado, sócio fundador da Associação Paraense de Escritores, membro do Sindicato dos Escritores - Rio de Janeiro - e da União Brasileira de Escritores - São Paulo, além de membro da Academia Paraense de Letras onde ocupa a cadeira 18. É autor de inúmeras obras tais como, A Promessa, A Verde RãUm Animal Muito Estranho, A Bordo, Os Ratos D'água; nas antologias de
Contos Paraenses, está presente com A Fuga ( aborda a violência no sul do Pará ) e Natanael Martim de Maristela ( sobre a poluição consequente do uso indevido do mercúrio nos garimpos ). Consta do programa oficial para o vestibular e para o segundo grau, do estado do Amazonas, citado como prosador contemporâneo ".  A Enciclopédia da Literatura Brasileira ( publicação do Ministério da Educação - Rio de Janeiro, sob a direção dos
críticos Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa ), além de catalogar as obras do escritor, diz que o mesmo continua " a sua pesquisa estética e social na vida ribeirinha numa linguagem ao nível das expressões regionais ".  
Resta-me agradecer penhorado a oportunidade e a honra de poder publicá-lo neste BLOG.
Muito obrigado, amigo Agildo.

Continua  na próxima postagem...

Um ótimo final de semana a todos.
Até a próxima sexta. Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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