sexta-feira, 5 de março de 2021

33 - OS ACIDENTES DE VEÍCULO - Estrada do Coco - IV -

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A constatação pelos componentes do grupo dos " Anjos do Asfalto ", de que nada mais era possível fazer pelos ocupantes do outro carro, fez com que eles se voltassem para o meu atendimento. Deitaram-me na maca e providenciaram minha imobilização. Logo
me conduziram ao interior da ambulância, iniciando imediatamente a viagem até o pronto-socorro do Hospital Roberto Santos. Como num sonho, ouvia a voz da enfermeira Cristina, à minha cabeceira, fazendo o máximo para me manter acordado. O zumbido
agudo da sirene, num contraste estridente com a voz delicada da enfermeira, aumentavam a sensação de irrealidade. Além disto, me vinha à mente, num turbilhão, a imagem do carro desgovernado, num borrão vermelho, chegando célere em minha direção, embora tivesse feito de tudo pra evitar o choque! Me afastara somente até o acostamento porque, após ele, havia uma rampa que certamente tombaria o carro, se tentasse desce-la. Chegamos ao Roberto Santos gastando o menor tempo que o trânsito da Paralela, naquele horário da manhã, permitia. O atendimento foi imediato! Ali acabou o preconceito que eu tinha ( como, alias, muita gente tem ), de que os
Pronto-Socorros são verdadeiros " matadouros ". Fui muito bem atendido pelos médicos, enfermeiros e residentes e duvido muito que em um outro hospital qualquer, o atendimento seria melhor e mais imediato, incluindo aí os hospitais particulares.
Hoje agradeço por terem me levado para aquele pronto-socorro. Serei eternamente grato à equipe dos "Anjos do Asfalto" ( não sei o que foi  feito deles. O Brasil é assim: tudo o que é bom desaparece! ) e agradeço principalmente à enfermeira e chefe da equipe, minha inesquecível anjo da guarda Cristina...

Continua na próxima postagem.....

Um ótimo final de semana a todos, obrigado pela visita.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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