sexta-feira, 11 de setembro de 2020

8 - DESASTRE AEREO. - I -




Adoro voar! Meu primeiro voo se deu a bordo de um " Catalina " da Panair ( o famoso " Pata Choca" ), lá pelo final da década de 1950, numa das viagens que fiz, Belém/Oriximiná, para gozar as férias de fim de ano. Esta viagem, que geralmente era feita de navio ( ah! que saudade do " Barão de Cametá " e do  "Aquidaban"! ),  desta vez me foi proporcionada pela companhia do meu pai, que fora à Belém resolver alguns negócios. Ele decidiu que deveria me levar junto, na volta para casa, como premio pelo bom desempenho escolar.
Lembro-me perfeitamente das cadeiras de " palhinha " que equipavam o avião, pois me veio imediatamente à memória, as cadeiras de balanço lá de casa, feitas também com este mesmo
material, uma das quais esmagou, sob o peso da mamãe, a cobra coral, episodio relatado em postagem anterior.
Costumo dizer aos meus amigos, que " avião não cai: é derrubado!!! "
Nunca tive medo de voar. Ao contrário: sinto imenso prazer ao fazê-lo! Considero este meio de transporte, de longe, o mais seguro. As estatísticas  mostram que nos EE.UU., por exemplo, onde o profissionalismo é levado a sério, há por volta de 1 acidente para cada 3.000.000 de voos! No Brasil este índice sobe dramaticamente para mais ou menos 5 acidentes por cada 3.000.000 de voos. Ainda assim, é muito pouco. Não fossem as falhas humanas ( incluindo aí a manutenção negligenciada ou postergada, os controladores e pilotos irresponsáveis, etc. ), teríamos um índice quase nulo de acidentes. Nenhum avião é construído para desabar das alturas. Mesmo se houver a falha de todas as forças propulsoras, ainda assim - a depender do fator humano - o equipamento pode tranquilamente manter-se no ar, planando, a espera de ser conduzido a algum lugar mais ou menos propício para o pouso. Isto aconteceu comigo lá pela segunda metade da década de 1970!...

Continua na próxima postagem.......

Um ótimo final de semana a todos os meus amigos e visitantes.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

Um comentário:

Unknown disse...

Você nem imagina o medo que tenho de voar. Moro em Oriximiná e gosto de fotos antigas. Quando comecei a ler esta matéria e deparei com essa foto do hidro, pensei. É em Oriximiná esse pouso?