sexta-feira, 18 de setembro de 2020

9 - DESASTRE AÉREO. - II -





O aeroporto da cidade de Bom Jesus da Lapa, às margens do rio São Francisco, era muito utilizado pelo meu avião - um monomotor Cessna modelo 210-D ( pé duro ), prefixo PT-CDT.
É que a empresa da qual eu era dono, juntamente com meu inesquecível e grande amigo César Cabral, estava executando as obras de infraestrutura, visando a implantação das agrovilas para onde seriam transferidos os ribeirinhos atingidos pela inundação provocada pelo enchimento do lago da futura usina hidrelétrica de Sobradinho. Nossa empresa também tinha uma outra aeronave: um bimotor Piper Twin Comanche PA-90, prefixo PT-CZN
Longe de serem um luxo, os aviões eram uma necessidade vital para a empresa e muito utilizados, tanto para nosso deslocamento de Salvador para a Lapa e vice-versa, quanto e principalmente, para levar peças de tratores e outros suprimentos necessários à manutenção do ritmo dos trabalhos, regido por um contrato que estipulava prazos rigorosos a serem cumpridos, sob pena de pesadas multas. Nossas presenças eram muito importantes tanto no canteiro de obras, supervisionando e cobrando o cumprimento dos cronogramas dos serviços, como no acompanhamento das 

" medições ", base para a emissão e o recebimento das faturas. 
Meu piloto, M.F., tinha ordens para me aguardar, geralmente ao
final da tarde, com a aeronave preparada para decolar. Naquela tarde, chegando ao aeroporto e trazendo em minha pasta os dados da " medição " realizada, constatei que a aeronave na qual voltaríamos para Salvador, era o Piper e não o Cessna, do qual o M.F. era o piloto!...

Continua na próxima postagem.........

Um ótimo final de semana a todos e obrigado pelas visitas.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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