sexta-feira, 14 de agosto de 2020

4 - " A COBRA CORAL " E " ESCAVANDO UM BURACO NO QUINTAL... "


                                                                Imagem da Internet





















De acordo com revelações feitas por minha mãe, sofri alguns pequenos acidentes nos primeiros anos de vida, sendo que dois deles, foram potencialmente muito perigosos e poderiam me deixar com, no mínimo, sequelas seríssimas. O primeiro aconteceu quando,
ainda criança de colo, me encontrava tranquilamente sendo amamentado pela mamãe que concomitantemente conversava despreocupada com sua comadre e vizinha, D. Zenaide ( minha querida amiga, já  falecida ).  Enquanto esta cena lúdica podia ser observada, uma pequena cobra coral verdadeira, que houvera se abrigado talvez em uma fralda estendida no varal, começava a se movimentar, tentando certamente livrar-se da incômoda proximidade com seres humanos. Inexplicavelmente a mamãe, sentindo  algo estranho, levantou-se e, ao entregar-me à D.Zenaide, para verificar do que se tratava, provocou a queda da serpente, cujo veneno certamente me mataria se inoculado! A mamãe, ao levantar-se apressada da cadeira de balanço em que estava, deixou-a naquele vai e vem característico e a cobra, ao tentar fugir, resolveu passar por debaixo da cadeira, sendo prontamente esmagada pelo móvel, no qual a mamãe rapidamente voltara a sentar!



Noutra ocasião, já com uns 5 anos de idade ( e, a partir dai, já me
recordo de tudo ), inventei uma
brincadeira que consistia em escavar o chão, na tentativa de fincar um
pedaço de madeira que seria um dos lados de uma futura trave
de futebol. Sendo eu o mais velho, " determinei " ao meu irmão Cléber que pegasse uma enxadeta -  ou enxadeco, naquela região - existente ali no quintal e começasse a escavar. Na minha opinião esta tarefa seria  mais cansativa e eu imaginei que, sendo o mais velho,
tinha o " direito " de escolher que trabalho fazer...
Enquanto ele escavasse, eu iria retirando a terra do buraco, munido de uma latinha de leite condensado vazia, encontrada  ali mesmo no no quintal. E  lá vamos nós: ele cavava e eu tirava a terra; ele cavava e eu tirava a terra...até que, numa dessas " tiradas  de terra ", ele, achando que já era sua vez de cavar, golpeou a minha cabeça com a lâmina da pequena enxada. Por verdadeiro milagre meu cérebro não foi afetado mas, até hoje, trago comigo a marca do incidente, em forma de  uma profunda cicatriz, tanto no couro cabeludo quanto no osso parietal...


Um ótimo final de semana a todos, obrigado pela visita.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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