sexta-feira, 26 de junho de 2020

CRENÇAS INFUNDADAS SOBRE OS ALIMENTOS III

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- Comer peixe faz bem para o cérebro.
Nenhum alimento em particular contribui para o bom funcionamento do cérebro ou de qualquer outro órgão. Dos materiais absorvidos pelo sistema circulatório durante a digestão, os diversos tecidos aproveitam apenas as substâncias de que necessitam. Uma alimentação equilibrada satisfará todas as necessidades das células, embora a falta de alguns alimentos possa
eventualmente provocar deficiências de  várias ordens. A crença de que o peixe, em especial, é aconselhável para assegurar o bom funcionamento do cérebro, foi divulgada no século XIX
pelo filósofo e físico alemão Friedrich Buchner ( 1824 - 1899 ), que quando soube que o cérebro continha fósforo, apressou-se a declarar que " sem fósforo não há pensamento ".
No mesmo embalo, o físico francês Jean Dumas ( 1800 - 1884 ), confirmou que o peixe é rico em fósforo. O naturalista suíço Jean Louis Agassiz  ( 1807 - 1873 ), relacionou ambas as ideias  e concluiu que o peixe fazia muito bem ao cérebro! A realidade porem é outra: como há abundância de fósforo nos rochedos e nos diversos minerais da Terra, na sua maioria os alimentos contêm quantidades variáveis desse elemento.

- Não se devem comer ostras senão nos meses com R.
É por pura coincidência que os nomes dos 4 primeiros e dos 4 últimos meses do ano ( quando, segundo se afirma,  se devem comer ostras ), contêm a letra R. A crença originária da Europa,
considerava arriscado comer ostras, geralmente cruas, nos meses de verão, numa época em que não havia frigoríficos. A composição química das ostras, varia de estação a estação, especialmente durante o período de desova, nos meses de maio e junho, mas nunca chegam a ser venenosas. Depois da desova, as ostras contêm menos glicogênio, mais água e apresentam-se mais claras, mantendo entretanto o mesmo sabor.

Continua na próxima postagem....  

Bom final de semana, abraço a todos.

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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