( publicado neste espaço em 17.09.2010 )
Quando Karen soube que estava grávida pela segunda vez, tratou de ajudar seu primeiro filho, Michael, de três anos de idade, a se preparar para a chegada da irmãzinha. Os exames haviam mostrado uma menina. Diariamente, nas horas de carinho com a mãe, Michael costumava cantar alisando aquela barriga como se estivesse em contato físico com a irmã. Ele já amava aquela menina antes mesmo do seu nascimento. A gravidez correu normalmente. No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro a cada 5 minutos, depois a cada 3 e então, a cada minuto uma contração. Ninguém esperava o que aconteceu a seguir: uma complicação prolongou o trabalho de parto e, com a demora para decidir sobre uma cesariana, a menina ao nascer, precisou ser levada com urgência ao hospital. Internada na
UTI neonatal do Saint Mary, a gravidade de seu estado era visível. Os médicos não davam esperança e recomendaram aos pais que se preparassem para o pior.
Ah! que sofrimento. Há alguns dias preparavam-se, com alegria, para receber a filha, agora estavam na iminência de preparar seu funeral! Michael, todo dia pedia para levá-lo ao hospital para conhecer a irmãzinha:
- Quero cantar pra ela. Pedia com insistência.
A segunda semana começou com a piora da menina. Não se esperava que chegasse ao próximo sábado. Michael continuava suplicando para que o levassem para cantar pra sua irmã. Finalmente Karen decidiu levá-lo. Não achava justo que o menino sequer conhecesse a irmã. Vestiu o menino com uma roupa um pouco maior e rumou decidida para o hospital. A resistência inicial da enfermeira, foi
vencida quando Karen disse:
vencida quando Karen disse:
- Ele não irá embora até que veja a irmã!!!
Levou Michael à encubadora. Por um momento o menino olhou para aquela coisinha de nada que perdia a batalha pela vida e logo começou a cantar com sua voz pequenina:
" Você é meu sol, o meu único sol...Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro... ".
Nesse momento, o bebê pareceu reagir. Os aparelhos logo registraram uma queda na pulsação e Karen encorajou Michael a continuar cantando.
-" Você não sabe, querida, quanto eu a amo...Por favor não leve meu sol embora! ".
Enquanto Michael cantava, a respiração difícil da menina, foi se tornando suave.
Enquanto Michael cantava, a respiração difícil da menina, foi se tornando suave.
- Continue, querido! Pediu Karen, emocionada.
- " Outra noite, querida, sonhei que você estava em meus braços... " E o bebê começou a relaxar.
- Cante mais um pouco! Suplicava a mãe. A enfermeira começou a chorar.
- " Você é meu sol, o meu único sol! Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...Por favor, não leva o meu sol embora!... ". Dia seguinte a irmãzinha do Michael já tinha se recuperado e, em poucos dias, pode voltar pra casa!
Um comentário:
Oi, Clóvis! Concordo que não há força nem poder maiores que do AMOR, pois o amor vem de DEUS e DEUS é AMOR.
Gostei do artigo. Abrs.
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