sexta-feira, 4 de outubro de 2019

CÍRIO, A MAIOR FESTA DO PARAENSE!!!

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Eis que se aproxima mais uma edição do CÍRIO DE NAZARÉ. A festa bicentenária, orgulho do povo paraense, chega a ser considerada por muitos belenenses, mais importante do que o próprio Natal!
Todo paraense, mesmo que esteja do outro lado do mundo, faz de tudo para dela participar em pessoa e, se não for possível, certamente estará bem presente em pensamento e fé. Dos mais
longínquos e remotos lugares, acorrem à BELÉM os habitantes do Estado em suas próprias embarcações, sejam navios, barcos menores e até em canoas a remo ou vela, proporcionando na baia de Guajará, um cromatizado e belo espetáculo!
Já na véspera do grande cortejo, começa o deslumbrante espetáculo comemorativo do Círio Fluvial pela manhã, no qual a imagem de Nossa Senhora de Nazaré - levada na véspera, acompanhada por uma infinidade de fiéis motociclistas até o Distrito de ICOARACI - é transportada por um navio da Marinha de Guerra, acompanhada por centenas de embarcações, daquele Distrito até a " Escadinha ", no cais do porto. À noite acontece a chamada " TRANSLADAÇÃO ", que consiste em levar a imagem da Santa, da Basílica até a Catedral, na Cidade Velha, tendo como ponto principal , a homenagem prestada pelos estivadores e arrumadores do porto de BELÉM, que promovem o espetáculo pirotécnico mais deslumbrante e grandioso de que se tem notícia nesta região. Então, na manhã do domingo ( sempre no segundo domingo de outubro ), o ponto culminante das comemorações: a grande procissão que leva a imagem da Santa de volta, até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. São, segundo cálculos da Polícia Militar, mais de dois milhões e meio de romeiros, acompanhando a pequena imagem - encontrada pelo caboclo Plácido - com fervor e sacrifício ( principalmente dos que seguram a corda que protege a berlinda ) e superlotando as avenidas por onde passam. É, sem dúvida, o maior aglomerado de pessoas em uma celebração religiosa no mundo, apenas comparável à peregrinação anual muçulmana à Meca. Essa comparação, porém, só pode ser feita em relação ao número de fieis, pois o evento de Meca é preceito obrigatório para o muçulmano, enquanto que o paraense é espontâneo e prazeroso!... Milhares de pessoas são vistas pagando promessas das mais variadas e típicas formas. Quanto a mim, embora sem a fé necessária, acompanho meu sobrinho André que, devoto que é, agradece as graças alcançadas durante o ano,  distribuindo água aos outros " penitentes ". Ao término da cerimônia religiosa, a população retorna aos lares, onde é servido o " almoço do Círio ". Pratos típicos da região, jóias da culinária paraense ( a única autóctone de todo o Brasil ), como o
 " pato no tucupi " a  " maniçoba " ( a verdadeira ), o " pirarucu seco no leite da castanha do Pará ", a " unha de caranguejo " e outras iguarias, são servidos, tendo como sobremesa o açaí, o creme de cupuaçu ou de bacuri e tantas outras delícias " privilégio da gleba agressiva e frondosa, que se espelha no lago adormido e sem ondas... " como diria o grande Rodrigues Pinagé.

Se você quer conhecer um dos maiores espetáculos do mundo, venha à Belém em outubro e sinta, além de tudo, a calorosa recepção do povo paraense que tem prazer em receber
suas visitas!







Um grande abraço aos meus amigos e visitantes, tudo de bom e até a próxima sexta.


 Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

Um comentário:

Beatriz disse...

Achei lindo, meu pai !! Bjoos.