sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A HISTÓRIA DAS SUPERSTIÇÕES - II -

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A convicção de que bater na madeira é uma garantia de sorte, reflete a crença do
homem primitivo de que todos os objetos naturais ( a árvore, por exemplo ), eram
habitados por um determinado deus. Do mesmo modo, atribuíam-se ao ferro e ao
fogo efeitos benéficos que fazem, ainda hoje, determinadas pessoas conservarem
consigo fragmento de carvão ou uma ferradura em miniatura como um fetiche de
sorte. Deixar cair sal era prenúncio de azar porque, durante séculos, o sal era o
único processo que permitia a conservação da carne durante o inverno. Para os
povos antigos, era essencial que o lar fosse abençoado por espíritos benfazejos.
O lugar fulcral da casa era a lareira onde, de acordo com os Romanos, habitavam
os bons espíritos e na Europa Ocidental era o lar dos gnomos e das fadas que
traziam felicidade à casa e, segundo algumas crenças, até ajudavam nas tarefas
domésticas! Não era prudente ofender as fadas. Nas suas tentativas para
tornarem os espíritos propícios, as donas de casa das ilhas ocidentais da Escócia
deixavam parte do lume aceso na lareira para manter as fadas aquecidas
durante a noite. Segundo uma tradição que ainda hoje sobrevive em alguns
pontos obscuros da Inglaterra, quando uma família se muda para uma nova casa
leva brasas da antiga lareira para queimar na nova. As festas dadas para
aquecer a casa ( housewarming parties ) têm sua origem nesse velho hábito.
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- continua na próxima semana -
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Um ótimo final de semana, abraço.
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Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

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