sexta-feira, 14 de abril de 2023

- PROVÁVEL ORIGEM DA " LENDA DO BOTO ",


                                                  - UMA TESE - 

Após alguns dias em Manaus, embarquei no dia primeiro deste mês no navio " Santarém ", com intenção de ir até a cidade do mesmo nome, onde chegaria no dia três. Na noite do dia dois, porém, ao chegar na cidade de Juruti ( no Pará ), resolvi desembarcar do navio e tomar um barco menor rumo à cidade de ORIXIMINÁ também no Pará ), sede do município do mesmo nome, onde se localiza uma
das maiores jazidas de bauxita do planeta. Segundo informações, a mina deverá se exaurir, ao ritmo atual de produção, somente em 100 anos! Como pretendo visitar essa mina, prometo, depois dessa visita, completar as informações alusivas a tal empreendimento. Hoje, porém, apresento-lhes uma tese acerca da origem provável da conhecida lenda do boto amazônico, sedutor e engravidador de donzelas.
Conversas com ribeirinhos nascidos e criados na região, me informaram que navios da Marinha do Brasil navegavam regularmente pelos rios da Amazônia, fazendo levantamentos e  coletando dados para tornar a navegação mais segura nessa região cheia de perigos. A par desta faina, prestavam, sempre que necessário, serviços de assistência social e de saúde aos habitantes dessas plagas.
Quando os navios chegavam em uma cidade, normalmente, por motivo de segurança, não atracavam no porto. Ficavam fundeados ao largo e, quando o comandante resolvia dar folga aos marinheiros, mandava levá-los ao porto utilizando botes. Havia uma recomendação importantíssima feita reiteradamente: TODOS DEVERIAM ESTAR NO LOCAL PREVIAMENTE ESTABELECIDO E NA HORA EXATA, PARA SEREM RECOLHIDOS.
Quem não se apresentasse, de acordo com essa regra, deveria ser deixado em terra.
Ocorre que muitos se distraiam com as namoradas eventuais e acabavam perdendo os botes. Muitos deles iam muito além do namoro inocente...
Ao chegarem na praia e não encontrarem os botes, caiam na água para voltar nadando, com suas ROUPAS E QUEPES BRANCOS, com medo de serem punidos se não estivessem presentes no dia seguinte à chamada Ordem do Dia e Hasteamento da Bandeira. Muitas das namoradas engravidavam e, por conveniência, culpavam o pobre do boto que " chegava todo de branco, inclusive com o chapeu que usava para ocultar o orifício sobre a cabeça, e as seduzia ".
Claro que muitos nativos " espertos " e pais que haviam cometido pecados inconfessáveis, acabavam por propagar entusiasticamente tal estória, por ser totalmente de sua conveniência...

Excelente final de semana, grande abraço, até a próxima.


Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

2 comentários:

ULTRA Sandrinha disse...

More, adorei o texto e espero tb que tenha gostado do post. Saudades de vc, volta logo mas antes curte tudo q tem direito com esta sua família linda e maravilhosa. Vc merece! Bjos, um montão.

Unknown disse...

Excelentr e inedito conto do boto. Tydk a ver. Bj