NAVIO " GAIOLA "
Atendendo a alguns pedidos de amigos e parentes, volto a publicar neste espaço, descrevendo da maneira mais fiel possível, a história da vida da minha mãe, AFONSINA ELINDA ARAGÃO DE SOUZA, em sua passagem pela cidade paraense de Oriximiná, localizada à margem esquerda do Rio Trombetas, contribuinte importante, com suas límpidas águas, para aumentar o volume, já enorme, do maior rio do mundo, o Amazonas.
Para que os leitores entendam tudo o que aconteceu na vida fecunda desta valorosa, heroica e destemida mulher, é imprescindível começar sua história pela a história do homem que viria a ser seu esposo, e que, mercê dos mistérios insondáveis do destino, a arrancou da tranquilidade em que vivia em Belém, sua terra natal, e a levou para ser protagonista importante na história da sua própria vida e na vida da então pequena cidade que a acolheu.
Nascido na cidade de Bananeiras, estado da Paraíba ( onde estive, em viagem de cerca de uma semana no ano de 2014, juntamente com meus irmãos CLÉO e CLEISY, a procura de seus parentes ), o Sr. FRANCISCO MARTINS DE SOUZA, então com 23
anos de idade, a exemplo de muitos e muitos outros jovens nordestinos, inconformado com a falta de oportunidade para crescimento material em sua terra, resolveu procurar na região amazônica ( nesse tempo a Meca dos lugares promissores do País, principalmente por conta da enorme valorização da borracha ), melhores condições de vida, demonstrando com tal iniciativa, desassombro e destemor, na busca por seu ideal.
Chegando à Belém, resolveu que, imediatamente, viajaria para o Estado do Amazonas, a bordo de um dos " vapores " que faziam a linha da capital paraense até Manaus, lugar onde viviam os donos de seringais, os famosos " barões da borracha ", assim chamados
porque, afirmam, chegavam a acender charutos caríssimos com notas de contos de reis!
As viagens, subindo o rio, demoravam até 20 dias para chegar ao destino. É que as caldeiras, cujo vapor gerava a força motora para impulsionar os navios, necessitavam de muita lenha, que era recolhida em diversos pontos do percurso e, quando não havia uma quantidade suficiente para alcançar o próximo ponto de coleta, a espera era inevitável, enquanto se recolhia a lenha complementar.
Com isto era de se esperar que durante a jornada, os companheiros de viagem, mantendo um convívio diuturno, passassem a se conhecer melhor, surgindo entre alguns deles, não raro, um sentimento de simpatia e amizade. Foi exatamente o que aconteceu entre o jovem FRANCISCO e um outro viajante, bem mais maduro, que se chamava JOSÉ CLEMENTINO DE FIGUEIREDO...
Continua na próxima sexta-feira.
Bom fds a tds.
Clóvis de Guarajuba
Ong Ande&Limpe
16 comentários:
Clóvis parabens, suas publicações são fantásticas. Não vejo a hora de nova publicação do "A historia da professora Afonsina" minha querida mãe. Quero o escrito original se possível.
Obrigado
Já me deixou curiosa pelo próximo capítulo 💓
Não vejo a hora de conhecer mais detalhes da vida de minha professora e falecida sogra!
Caro Clóvis,
Sua narrativa remete aos tempos da formação das urbes que tornaram-se as cidades de hoje. Nas pesquisas sobre nossas origens (Oriximiná) encontrei registros em jornais da década de 1860-70 anúncios de linha a vapor de Belém ao Salgado, lá no estuário do Cuminá, onde tinha um engenho de cana de açúcar do Dr Antônio Diniz, então juiz de Óbidos. Tempos da chegada em Óbidos e região do rio das Trombetas do português Carlos Maria Teixeira, caixeiro viajante que logo iria se fixar na florescente vila de Mura-Tapera, bem antes da chegada do Padre Nicolino.
Pai, muito interessante saber que meu avô era paraibano... estou ansiosa pelo próximo capítulo. Beijo
Show de bola tiozão, muito bom saber onde tudo começou e como começou nossa linda família!!❤️😘👏🌹
Muito bom saber da história de suas origens, emocionado ao ler e muito feliz em saber de tudo, parabéns meu tio descrição perfeita
Ansioso por conhecer um pouco mais da história da minha bisavó! Abraços, Vô
Parabéns amigo Clovis. Estou acompanhando aqui
Meu querido ESCRITOR irmão Sou suspeito para fazer qualquer comentário de seus bons e excelentes textos Todos são cheios de detalhes ricos em verdade
Aguardo sempre receber todos esses maravilhosos texto pra meu deleite
Parabéns e Obrigado
Meu querido ESCRITOR irmão Sou suspeito para fazer qualquer comentário de seus bons e excelentes textos Todos são cheios de detalhes ricos em verdade
Aguardo sempre receber todos esses maravilhosos texto pra meu deleite
Parabéns e Obrigado
Fiquei curiosa em saber mais... muito interessante, tio Clóvis.
Vi que já tem outra narrativa, vou já ler
Que história fantástica, já curiosa para a próxima publicação. Uma riqueza de detalhes neste texto imensurável. Obrigada por tanto.
Já estou curiosa tio.
Deus me presenteou com a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente ,a gora conhece seu talento com as pavras , e conhecendo um pouco da história da matriarca Afonsina , contada com muito talento , aguardando os próximos .
Quando chegar a Guarajuba a partir do dia dois nos veremos ... Se possível uma partida de xadrez...
Parabéns pela narração empolgante , que prende a atenção e desperta a curiosidade pelos próximos capítulos
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