sexta-feira, 31 de julho de 2020

2 - A QUEDA DA PONTE. ( primeiro acidente ).




Tradicionalmente, era à tarde que se tomava banho, e no rio, naquela época ( início da década de 1940 ). Tanto para facilitar o banho quanto para servir de ancoradouro, sempre eram e são, ainda hoje, construídas pontes de madeira às margens dos rios amazônicos, geralmente bem em frente à casa principal das fazendas. Diga-se, a título de ilustração aos que não estão familiarizados com esta região do nosso País, que ali, as estradas são os rios e as embarcações, a depender de seu porte e utilização, fazem o mesmo trabalho que os ônibus, caminhões, automóveis, etc., executam  nas cidades.
 Voltemos agora ao banho. Naquele dia, " seu " Alfredo e
 " dona "  Dira, sua mulher - ele o vaqueiro da fazenda e ela minha babá - precisaram sair pela manhã em sua " montaria " ( canoa pequena ), para irem à uma outra propriedade rio acima, onde morava um seu parente chamado Manoel Gualberto, para resolver não sei qual problema ( minha mãe ao relatar estes fatos, bem como
 " dona " Iza, nossa vizinha, ao corroborá-los, não informaram o
 motivo da tal viagem ). Assim, sem ninguém para tomar conta de mim, resolveram levar-me para a beira do rio na hora do banho. Minha mãe, então com apenas 15 anos ( casava-se muito cedo naquele tempo, principalmente as mulheres ), naturalmente sem nenhuma experiência com crianças, já que eu era o seu primeiro filho, deve ter tido um momento de descuido e, quando se voltou para o local onde me havia deixado sobre a ponte, descobriu, horrorizada, que lá já não me encontrava! Gritou desesperada e meu pai se jogou da ponte à minha procura, sem sequer saber pra que lado dela eu havia caído...

Continua na próxima postagem.......      

Um ótimo final de semana a todos e muito obrigado pelas visitas.

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 24 de julho de 2020

MINHAS OITO VIDAS - Introdução.





Atendendo ao pedido de alguns amigos e amigas passo, a partir de hoje, a reeditar a história dos acidentes que pontuaram minha vida cheia de emoções fortes...


Quando se atinge os 70 anos de idade, como eu ( completei-os no dia 18.10.11 ) , podemos nos considerar sobreviventes. Esta sobrevivência é tanto mais sensacional se, como é o meu caso,
gozamos de boa saúde e não apresentamos ainda qualquer tipo de entraves mais sérios, tais como dores pelo corpo - principalmente nas articulações - movimentos limitados, falta de disposição e
energia, insônia, etc., verificados comumente na maioria das pessoas desta faixa etária. Nos dias atuais, em que a violência  é responsável por grande parte das mortes, vidas são abruptamente interrompidas muitas das vezes bem precocemente, entre os 15 e 30 anos. Além disto, a morte natural ou os problemas mais graves de saúde, nos privam constantemente da convivência  com grande parte de nossos amigos e contemporâneos, levando-nos a acreditar que fazemos parte de um reduzido e seleto grupo de privilegiados. Quando, além de tudo isso, conseguimos sobreviver   sem maiores problemas, a nada menos que 9 episódios potencialmente mortais, temos que comemorar com muita festa a preservação da vida e aproveitar ao máximo - até por dever - tudo o que ela ( a nosso exclusivo juízo e critério ) nos ofereça de bom. Advertido por muitos amigos e principalmente pelo meu caríssimo amigo Armando Ulm, para ter muito cuidado pois, como o gato, já havia sobrevivido a 7 episódios de alto risco, acabo de quebrar essa regra ( das 7 vidas ) ao sobreviver desta vez a nada menos que  um Câncer! 
Ao longo das próximas postagens, pretendo narrar, com a mais absoluta  tentativa de precisão, cada um dos fatos que marcaram fortemente minha trajetória até aqui.

Bom final de semana, continuem me trazendo o prazer da suas visitas.
Abraço,



Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 17 de julho de 2020

PALAVRAS NUNCA DITAS.






Depois de exaustiva pesquisa na obra de Sir Arthur Conan Doyle, não consegui encontrar a frase comumente atribuída ao detetive Sherlock Holmes,Elementar, meu caro Watson ".
O detetive até usa uma expressão semelhante  na história " The Crooked Man " ( o Homem Desonesto ), publicada pela primeira vez em 1893 no Strand Magazine e mais tarde incluída nas  " Memórias de Sherlock Holmes " editadas em 1894. Nesta história, o Dr. Watsonassistente de Holmes, casou e não mora mais na casa do detetive, na  Baker Street número 221-B, em Londres. Ao visitar Watson, para pedir que o ajude na solução de um mistério, Holmes faz algumas deduções a respeito de seu velho amigo. Observa, por exemplo, que Watson continua a usar o mesmo tipo de tabaco no valho cachimbo, a partir da cinza que vê
na lapela de seu casaco alem de constatar que ele  anda muito ocupado. Ao ser indagado pelo amigo como descobriu tais fatos, Holmes responde saber que ele vai de charrete quando tem pressa e se desloca a pé sempre que dispõe de tempo; ora, a poeira acumulada nas botas de Watson, que seria a prova de que ele saíra de casa, seria em maior quantidade se tivesse caminhado; por consequência - conclui Sherlock HolmesWatson deve ter saído de cabriolé, sinal de que anda muito ocupado. Nesta ocasião,  observa Watson: " Excelente! ".  Ao que replica Holmes: " Elementar. "
É daí que deve ter nascido a expressão comumente atribuída ao personagem.

Um ótimo final de semana a todos, grande abraço.

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 10 de julho de 2020

CRENÇAS INFUNDADAS SOBRE OS ALIMENTOS. Final





- Depois de abertas, os alimentos enlatados tornam-se venenosos.

Se não se encontrarem em perfeitas condições de esterilização, qualquer que seja o tipo de recipiente que contenha os alimentos, pode contaminá-los por germes e causar grandes prejuízos
à saúde. Os alimentos contidos em latas abertas não são mais susceptíveis à contaminação do que os frescos. Nada existe nas latas que possa causar envenenamento dos alimentos. Pode
haver, no máximo, a oxidação da lata. Nas latas amassadas, porém, pode haver contaminação através de microscópicos orifícios acaso formados com a deformação.

- As traças comem nossas roupas.
Há seis espécies de traças responsáveis pelos estragos nas roupas, colchões, almofadas, etc. Não são elas porém, que comem, mas sim suas larvas nascidas de uma quantidade assustadora e ovos que as adultas produzem. É impossível calcular a quantidade média de tecido que uma larva consome, pois depende do tempo em que o animal se mantem sob essa forma, o que varia de acordo com fatores do tipo temperatura e disponibilidade de alimentos.

Um ótimo final de semana a todos.
Grande abraço de

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe

sexta-feira, 3 de julho de 2020

CRENÇAS INFUNDADAS SOBRE OS ALIMENTOS. IV





É fácil distinguir cogumelos venenosos dos comestíveis.
Não há nenhum processo que distinga as duas espécies. Não existe nenhum detalhe específico de uma que não se encontre também na outra. É falsa, por exemplo, a ideia de que somente são
comestíveis os cogumelos brancos ou que apresentarem um anel na base do caule. O fungo Amanita virosa possui ambas as características, mas não é comestível. Nenhum cogumelo que
tenha adquirido a cor azulada é, necessariamente, venenoso. A espécie comestivel Boletus edulisquando amassada, pode ficar castanho-escuro, azul-clara ou escura, vermelha, púrpura, verde,
violeta ou até mesmo negra e continuar a ser comestível. A alteração de cor, significa tão somente a existência de um processo de fermentação. O cheiro, tão pouco, é uma forma de distinguir entre as duas espécies. Alguns cogumelos mortalmente venenosos, tais como o Amanita phalloidesexalam um odor muito agradável. Outros com péssimo cheiro, podem ser consumidos sem nenhum problema, com toda a segurança. A melhor forma de identificar cogumelos comestíveis é utilizar um livro de botânica ilustrado. A regra principal, porem, é: em caso de dúvida, não coma!

Continua na próxima postagem......... 

Um  excelente final de semana a todos, voltem sempre e obrigado pela visita.
Abraço,

Clóvis de Guarajuba
ONG Ande & Limpe